VINTE SETE

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C.A.P.I.T.U.L.O 27
Lobos Em Pele De Humanos

Horas mais tarde estávamos descendo uma colina para o salão de festas de vidros, repleta de grama verde descia sinuosa e iluminada por cordões de lanternas japonesas brancas e rosas, jardins e muitos arbustos bem cortados a sua volta, um caminho de tapetes na cor rosa iniciava a entrada cheia de flores, arcos e mais arcos de rosas em tons de rosa, dentro do lugar muito bem decorado com espelhos e mesas, arranjos como centro das mesa e velas, no meio do lugar um altar com uma estátua da deusa Lua de pedra branca, granito eu nao sei, com seus lobos a seus pés era uma atração por si só, Cam ao meu lado apertou meus dedos delicadamente e olhei para cima, com o queixo me apontava as lobas brancas retratadas mais próximas as pernas de Selene, eu entendi que eram as lunares.

- Alguém já disse que azul cobalto fica muito bem em você? - Ronronando ao passar os dedos por minhas costas onde as fitas de cetim largas prendiam a parte de trás do corpete do vestido de organza e outros tecidos davam armação nas saias, porque tinha muitas saias. Tento sorrir gentilmente para Cam. - Tem algo errado? - Sim tinha algo errado, a lua estava linda no céu e pelos vidros do teto eu podia a admirar, respirei fundo e empurrei tudo pro fundo da mente, não ia estragar essa noite com toda a discução e os fantasmas.

- Não! Só estou um pouco cansada.

- Eu devia ter levado em consideração que eventos desse tipo te sobrecarregariam sensorialmente... Me perdoe!

- Não, eu só... Só me dê um instante. - O garçom passa pela nossa lateral e pego uma taça, talvez a oitava desde a primeira que entornei essa tarde.

- Admiro sua coragem Companheira! - Beija meu ombro exposto em cima da marca de reinvindicação e sinto arrepios de prazer com esse gesto, acaricio seu rosto, por um momento quero acreditar que tudo isso não vai acabar.

- Agradeça o champanhe então! Toda a coragem esta nas bolhas. - Acabo vendo Lunara parada ao fundo em seu vestido colado e cheio de tiras que deixam seu corpo mais exposto que coberto, longo onde as fendas frontais a deixam simplesmente belissima, dourado, então meus olhos escorregam para o macho e a fêmea a seu lado e sei que são seus pais, e mais a frente seu irmão e este nao nega que esta me olhando sem nenhum tipo de pudor.

- Eu sei! - Beijou o canto dos meus lábios, me entrego ao acento que Cam faz questão me puxar para mim, sentados em nossos lugares que eram de honra, e isso me deixava enjoada, o macho falando era alguém com muita sabedoria, falando de destino, de caminhos, o lobo a seu lado parecia emocionado, era o noivo pelo visto, João.

Cam sorriu por alguma brincadeira que o macho disse, ninguém pode me culpar por estar distante dessas palavras, porque elas eram pesadas em mim. Cam me puxou para seu peito e isso foi reconfortante, recostei minha cabeça em seu peito, dedicando toda a minha atenção em o subir e descer de sua caixa toráxica esquecendo as palavras da cerimônia, ou as de Lunara, minha mente dava voltas indo e vindo revivendo as palavras trocadas, indo e vindo entre o agora e o dia que Cam me disse tantas coisas, parecia ser uma eternidade, seguro sua mão na minha beijo sua palma.

Seus braços me envolvendo protetores e nossos dedos entrelaçados aquecem o frio que cresce dentro do meu coração, era uma sensação estranha e velha conhecida, assistindo a noiva entrar, linda e emocionada em um vestido de noiva todo branco, seu sorriso doce, passos lentos e seus olhos focados no companheiro no altar, embora eu tentasse ficar nos detalhes desse enlace, meu corpo queria sair daquele lugar.

Aplausos encheram o ambiente quando ambos recitaram as palavras, Be estava chorando como uma criança, Milli ao meu lado apenas me olhou, talvez eu tenha bebido de mais, as coisas começaram a rodar, muitos vinham nos cumprimentar, abraços em Cam apertos de mão para mim. Os noivos dançaram sua valsa solitarios na pista com olhares cheios de amor.

Obcecada por o AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora