QUATRO

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C.A.P.I.T.U.L.O 04
Sobre Regras

Eles riam dentro do carro como se qualquer piada contada entre eles fosse muito mais importante do que o fato que três caras de 22 anos sequestraram uma garota de 20 anos, cujo um dos caras ali era o irmão dela.

Não sabia para onde estava sendo levada, quem eram os outros dois ou o que meu irmão queria comigo... Vários cenários encheram minha mente de terror, eu não conseguia respirar, não conseguia gritar não conseguia me mover, o moletom que usava estava frio e úmido, as cordas em meus pulsos e tornozelos causavam dor e eu sabia que de qualquer forma era o fim pra mim.

Dormi, não sei como, talvez o escuro, o movimento do carro, a música chata, não sei, apenas dormi, sonhei que estava rindo com Hades, ele com minha cabeça em seu colo, seus dedos penteando meus cabelos longos, algo que ele disse.

— Logo você vai me esquecer. Uma sombra no seu passado Pan. — Fui sacada do meu sonho por uma luz na cara, uma lanterna, e os amigos do meu irmão me tiram do carro.

— Hora de acordar. — Cantou Atlas rindo. — Levem ela pra dentro papai vai terminar de conversar com você Pandora, que coisa feia fiquei sabendo que você andou fazendo, coisas de menina má sabe o que meninas más ganham?

— Vamos Atlas não estrague a surpresa. — O loiro corpulento diz, eu conhecia esse rosto de algum lugar só não lembrava de onde.

— Vamos arrumar esse cabelinho de plástico, veja como ela se enfeitou para esse momento. — Colocada de volta a meus pés e obrigada a pular até o local que eles me guiaram, no caso a casa do tio Morfeu.

— Encontraram? — O velho Morfeu solta seu copo, sou levada até um tapete redondo vermelho, meu irmão solta as cordas que caem no chão.

— Ares você disse que a deixou roxa de pancada, só que não. — O dedo polegar do meu irmão esfrega perto da minha boca e tio Morfeu sorri.

— Não estava tentando fugir estava sobrinha? — Neguei quando ele passou a mão pelo meu cabelo, eu estava entrando em pânico.

— Hermes como está o ferro?

— Quase no ponto.

— Meninos porque não pegam um vestido para a mulher.

— Claro pai. — Meu pai, e os meus tios estavam sentados em poltronas estranhas que lembravam cadeiras de pedra isso era a primeira sala da mansão uma mesa redonda tinha mais cadeiras, a enorme lareira estava queimando alto o fogo laranja era como um incêndio.

— Você deve estar se perguntando por que está aqui?

— Não pareça uma cobra irmão, se não consegue me deixe fazer já que esse é meu dever como mais velho.

— Morfeu irmão, a criança é de Ares, ele fez a escolha, deixe que ele escolha novamente.

— Certo Hermes, vou me calar.

— Morfeu lhe dou o direito de dirigir essa reunião, como líder da nossa família.

— Como sabe Pandora, somos uma família com regras próprias, escolhemos as mulheres a dedo, nossas mulheres. — Não quero olhar para ele, não quero encarar os três, então olho pro fogo e aguardo.

— Aqui está o vestido. — Diz um dos amigos de Atlas que não sai do meu lado.

— Pandora tire a roupa. — Eu fico em choque, nego. — Não vou falar novamente — Tio Morfeu ralhou e um chicote zuniu e golpeou o chão ao lado do meu pai, então vi que meu pai foi quem bateu. Minhas mãos foram para o cos da calça e meus pés moveram tirando o tênis, tiro o moletom e fico quieta de peças íntimas. — Tudo exatamente tudo. — Retiro tudo e fecho meus olhos, tento me cobrir com as mãos.

— Hermes? — Escuto cada movimento deles, como meu irmão pega meu braço e puxa me deixando exposta.

— Agora que é pra mostrar vai bancar a pura?

— Hefestos, Altas, Hermes, Ades e Apollo... Essa carne é carne da sua carne, sangue do seu sangue, fruto proibido, porque Zeus nosso pai assim ditou depois de fugir da sua família, ele criou regras... Escolher a mulher certa, não ter filhas mulheres e se as tiver as retirar do mundo até o sétimo dia, essas eram as regras. Nosso pai sabia que elas iam tentar sua força, com esses olhos, com esse cheiro, com esse corpo, nosso pai viveu em pecado até que conseguiu fugir.

— Algum de vocês se sente atraído por essa mulher carne e sangue igual aos seus? — retumbou meu pai como um trovão cortando o silêncio da noite, só então abri meus olhos. — A cubra pelo amor de Deus.

— Agora vamos a parte onde você e Helena serão colocadas em seus lugares.

— Helena e só uma criança! — Choramingo.

— Você era uma criança quando Hades se encantou, ele teria feito você mulher dele, imagino.

— Sem mais delongas pegue o ferro Hermes, e Pandora venha aqui, deite seu tronco sob o tampo da mesa. — Eu não consigo me mover o vestido cinza de mangas sem caimento pinica minha pele me lembrando que estou aqui, ainda estou viva. — Não vamos te usar de forma sexual garota estúpida, jamais íamos cometer o mesmo ato asqueroso... Venha pra mesa e vai receber sua marca.

— Quando meu pai era da ceita que irmãos, primos, pais em todos os graus de parentesco tinham experiência sexuais entre si, como ele contava que foi obrigado a satisfazer sua própria mãe quando já era homem feito, que esse era o marco dos 18 anos, sempre que um membro cometia o ato com um parente o primeiro era marcado em seu corpo, uma marca ia se formando a família escolheu Sowilo como seu símbolo, os homens adultos marcavam. — Olho para o ferro uma espécie de raio, um z torto e entendo o que vai acontecer, meu pai para bem atrás de mim apoia sua mão no meio das minhas costas me impedindo de levantar, eu senti tanto terror nesse momento quando sua mão subiu a saia lentamente então expos minha bunda, meu irmão pegou meu braço direto e Apollo o esquerdo, eles estavam do outro lado da mesa. Morfeu queima a primeira vez e eu grito, berro de dor e ele diz rindo.

— Por Hades! — Vejo com terror que passam o ferro pro outro agora era Hermes.

— Por Hades! — Grito e me debato, eles dizem a mesma maldita frase por Hades, por quê? por que estão fazendo isso?

— Meu pai da lugar a Morfeu, sinto seu corpo contra minha bunda, ele não fez como meu pai, esse monstro prendeu sua frente contra minha bunda, eu podia sentir seu pau duro pressionando contra a fenda da minha bunda eu me debato e grito.

— Me solta, me solta. —O ferro queima, e gemo pela dor e grito de forma desesperada.

— Por Hades. — Ouvi meu pai dizer, então eu lutei mais uma vez dor e agonia queimando minha pele, dor que me faz tremer, agora eu sabia o que os escravos um dia passavam.

— Por Hades. — Diz meu irmão. — Eu assumo tio Morfeu. — Foi ignorado como seu não tivesse dito nada, talvez meu irmão tenha visto que nosso tio estava fazendo comigo.

— Venha Apollo. — Meu primo foi o próximo a me queimar, doeu tanto porque ele pressionou o ferro com mais força, eu estava sendo torturada e molestada ao mesmo tempo, eu estava ficando tonta e enjoada, as bordas da minha visão estavam turvas.

— Por Hades!

— Por Hades... — Então vi bem os olhos de Hefestos como ele olhava a seu pai. Fui tirada de sobre a mesa e me mantiveram em pé, em silencio em círculo a minha volta, cabeças baixas, então tio Morfeu diz.

— Ao me colocar na posição de vigia comprovo que ela aprendeu a lição, recebeu sua punição agora Ares determine.

— Você vai viver longe e nunca mais voltar, sua prima já sumiu do mapa, então é sua vez. Se nós a vemos de novo não vai ser só uma marca na bunda que vai receber, vou colocar um cavalo pra te foder como o animal que você é.

— Agora levem ela e deixem em algum lugar, vou verificar os paus de vocês quando voltar. — Meu tio me pega pelo pescoço e leva pra mesa ele tira algo do bolso e mostra pra todos azul ele enfia aquilo em mim eu grito, mas está dentro da minha boceta me puxa de volta a ficar de pé e mostra os dedos, isso é pra garantir que nenhum dos 3 vai fazer algo estupido, e se fizeram teremos outra seção de marcação, mas a bunda será a de vocês, entenderam?
— SIM. — Os soldadinhos Olimpianos dizem juntos em coro masculino.

Vinte minutos depois estavam me deixando em uma rodovia no meio do nada, descalça, ainda tiraram a minha peruca e meu irmão cuspiu em mim, essa foi a última vez que vi minha família.


Obcecada por o AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora