thirteen

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📌 London, Paris.

ANY GABRIELLY

Meu pai não aprovou a ideia de viajar ao lado de Noah Urrea, ainda mais para outro país. Mas me deu total apoio quando minha mãe o convenceu, dizendo que não era fácil conseguir oportunidades como essa.

Ela tinha razão. Conhecer lugares como Vegas, era uma chance de um milhão. E meus pais sabiam minha paixão por viagens, tanto pela minha faculdade, que era direcionada ao turismo, quanto por sempre falar para eles desse meu desejo.

Minha mãe não precisou que eu contasse toda a história para que me mandasse ir, já meu pai, meio receoso, aprovou minha ida no dia anterior, quando tomávamos café da manhã.

Quando anunciei a Noah que faria a viagem, como sua secretária, ele ficou realmente feliz, mesmo tentando não demonstrar. Ao longo da semana resolvi várias partes burocráticas da viagem, do meu passaporte e entrei em contato com a secretária de James sobre as hospedagens, anunciando que precisaria de mais um quarto.

Naquele momento, eu esperava por Noah, que me buscaria em casa com seu motorista, para irmos direto ao aeroporto. Ele fizera questão de me buscar, mesmo quando insisti que não precisaria.

— Você está muito nervosa? — minha mãe perguntou do sofá, onde estava sentada com uma coberta jogada sobre as pernas.

Olhei para minha mão, que apertava a alça da mala ao meu lado, sem que eu desse conta.

— Estou um pouco sim. É uma viagem importante. É um grande negócio que vamos acertar lá.

— É apenas isso que está te afligindo neste nível? Ou aquele beijo que rolou entre vocês, está te afetando também? — Eu havia contado sobre esse pequeno acontecimento à minha mãe.

Ela tentou me dar conselhos de que eu deveria aproveitar, e que um beijo era apenas isso, mas eu não via as coisas desse jeito. Então ela começou a insistir que eu estava balançada pelo meu chefe.

— Não estou nem pensando em beijo. — Olhei torto para ela.

— Isso é coisa da sua cabeça.

— Você sabe que eu te conheço muito bem, filha. E posso imaginar o que está passando pelo seu coraçãozinho também. Você é doce, sonhadora e muito apaixonada. — Ela deu um tapinha na poltrona ao seu lado no sofá, chamando-me para me juntar a ela, o que eu fiz em seguida.

— Eu posso estar enganada, mas imagino algumas coisas que possam estar passando por seu coração neste momento. — Ela apontou para onde meu coração se localizava.

— Você está imaginando coisas, mãe — tentei brincar.

— Eu sou uma pessoa deficiente das pernas, mas minha cabeça ainda trabalha muito bem — ela usou um tom de bronca, mas logo deu um sorriso de lado, voltando a falar com doçura.

— Eu sei que você quer negar isso a todo custo, principalmente por seu pai achar que o rapaz não é bom para você. Mas a verdade é que seus olhinhos brilham quando você me conta alguma coisa sobre Noah. — Tentei falar alguma coisa, para negar o que ela estava dizendo, mas fui impedida.

— Você não vai dizer o contrário para uma pessoa que te conhece tão bem. Mas saiba que tem que seguir o teu coração, meu amor, precisa aproveitar os momentos que lhe são proporcionados, assim como vai aproveitar uma viagem para fora do país. — Respirei fundo, pensando no que minha mãe me dizia.

Talvez eu me sentisse meio abalada por Noah, mas era um sentimento que eu queria ignorar, deixar no fundo de qualquer lugar que ele estivesse.

Enquanto ainda tentava elaborar algo para dizer a ela, a campainha tocou. Agradeci por não precisar concluir aquela resposta, mas confesso que ficaria com aquilo na cabeça. Meus olhos realmente brilhavam quando eu falava de Noah? E por falar no diabo, assim que abri a porta, o próprio estava na minha frente.

My Boss ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora