thirty-two

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📌 London, Paris.

NOAH URREA

O final de semana foi permeado por muitos beijos. E rodadas de sexo como aquele. E a cada vez, ficava muito melhor.

Chegamos juntos naquele dia e entramos de mãos dadas no prédio. Eu mesmo fiz questão disso. Algumas pessoas ficaram olhando, criticando, outras sussurrando o que achavam da situação, que era apenas mais uma secretária que caia no golpe.

Esperava apenas que Any não ouvisse, ou caísse naquele lindo que era a fofoca. Ela, aliás, havia voltado a trabalhar naquele dia, depois de alguns dias em casa de repouso. Aquele era um dia de comemoração, já que além do retorno de Any à empresa, era meu aniversário também.

Pretendia comemorar e muito quando estivesse em casa sozinho com a mulher maravilhosa que dormia ao meu lado nos últimos dias.Já era na parte da tarde, tinha encerrado o dia de reuniões e disquei para Any, chamando-a para minha sala. Não demorou muito para que ela batesse a porta, entrando e encostando-a.

— Chamou? — Ela permaneceu parada, perto da porta. Então resolvi levantar e ir eu mesmo até ela.

— Sim, queria saber como foi o seu dia? Muito cansada? — levei uma mão à sua barriga. Ainda estava muito pequena. Ela insistia em dizer que já dava uma acentuada, mas era quase imperceptível.

— Foi normal. Como sempre. — Ela fez pose, cruzando os braços contra o peito.

Passei os braços por seu corpo, encurralando-a contra a parede e aproveitei para passar a chave na porta, trancando-nos.

— Que bom que não está cansada — sussurrei em seu ouvido, começando a traçar beijos por seu pescoço até chegarem à sua boca, quando tudo começou a esquentar muito rápido.

Minhas mãos sabiam o rumo ao qual seguir, sentindo o corpo todo de Any. Primeiro em seus seios, bunda. Como estava de saia, facilitava e muito a minha exploração. Quando cheguei perto do seu ponto, sentindo-a tremer, ela me empurrou, afastando-se de mim.

— Vai com calma. — Começou a arrumar os cabelos e alisar a roupa.

— Eu mereço isso de presente, não? — apelei.

— Não quero me igualar às outras que já passaram por essa sala. — Apesar da frase, ela usou de um tom de ironia, arqueando uma sobrancelha enquanto falava.

— Você não se iguala a ninguém. — Tentei puxá-la para mim novamente, mas Any colocou a mão no meu peito, impedindo-me.

— Eu tenho outro tipo de presente para você. Franzi a sobrancelha quando ela retirou um papel do bolso e me entregou. — Abri e li, tentando entender do que se tratava. Pelo pouco que eu conseguia compreender, era de uma clínica, um pedido para a realização de um ultrassom.

— O que é isso? — minha voz estava um pouco embargada, começando a compreender do que se tratava.

Eu seria mesmo um pai babão.

— Está a fim de ver nosso bebê pela primeira, ou melhor, segunda vez? — Enquanto ficará de repouso, Any começou a procurar médicos e fazer os exames. Então ela teve tempo para marcar a primeira consulta.

— É claro que estou. — Desta vez ela não me impediu de puxá-la para mim, parando em meus braços, depois a tirei do chão, girando-a no ar enquanto nos beijávamos.

Saímos mais cedo da empresa e fomos direto para a clínica fazer o exame. Eu estava mais nervoso do que a própria que já estava vestida, pronta para o exame, deitada em uma maca. Como na primeira vez, mas desta vez sem tensão, a médica entrou, já conhecendo Any de suas consultas anteriores e começou o exame.

— Estão preparados para ver esse bebê? — ela perguntou começando a passar o gel sobre a barriga de Any.

Como da outra vez, assim que ela começou o exame, na tela apareciam imagens pretas e brancas, impossíveis de distinguir. Pelo menos sem o auxílio da doutora, que foi nos dizendo onde e como o bebê estava. E ele já era perfeito. O seu formato era nítido. Assim que a médica nos explicou sobre as imagens, colocou um som que era acelerado e ritmado.

— Esse é o coraçãozinho do menino de vocês. — Olhei para ela e em seguida para Any que tinha um sorriso no rosto e lágrimas escorrendo.

— Menino? — eu estava meio bobo naquele momento.

— Ele não sabia? — a médica perguntou direto para Any, que fez um não com a cabeça.

— Desculpa estragar a surpresa, fizemos um teste de sexologia, e o resultado saiu ontem de manhã. Vocês estão ouvindo o coração de um garotão. — A emoção foi ainda mais forte em mim. Beijei Any que retribuiu com carinho. Saímos da clínica e entramos no carro. Eu estava a fim de comemorar aquele momento.

— Noah. — Any colocou sua mão sobre a minha, impedindo que eu seguisse.

— Eu queria te dizer que... bom, queria pode te dar um presente real, melhor. Mas isso é tudo o que eu consigo no momento. — Fiquei encarando—a por um momento. Ela me olhava com uma expectativa, com uma carinha de esperança, esperando minha resposta.

— Você não poderia ter me dado coisa melhor. — Levei a mão à sua barriga, simbolizando o que eu falava. Aproximei-me dela, dando—lhe um beijo rápido.

— Podemos contar a novidade ao meu pai?

— Meu pai ficou tão empolgado quanto eu quando lhe contamos o que seria nosso bebê.

Tomamos um café da tarde com ele, já que havia acabado de chegar da empresa, mas não demoramos muito. Quando estávamos prestes a sair do condomínio onde ele morava, meu celular tocou. Pelo visor identifiquei que era Beto. Estacionei o carro e atendi.

— Fala Beto. — Minha felicidade era tanta que provavelmente transpassou pelo telefone.

— E ae, Noah. Feliz aniversário, irmão.

— Obrigado.

— Que tal comemorarmos essa data como nos velhos tempos? Só eu e você? — Olhei para Any que estava entretida mexendo no celular.

— Não sei, cara.

— Que é isso, vamos comemorar, não vai ter nada demais. — Chamei a atenção de Any e tampei o microfone do celular com uma das mãos para poder falar com ela com privacidade.

— Beto está me chamando para comemorar. O que você acha? — Inicialmente ela fez uma cara meio de espanto, mas em seguida abriu um sorriso meio tímido.

— Eu acho uma ótima ideia. Eu posso ir para os meus pais, contar a novidade enquanto isso. Estou morrendo de saudade deles.

— Certeza? — Ela apenas fez que sim com a cabeça, e eu confirmei com Beto.

Passei para deixá-la na casa dos pais, e segui o caminho.

Era dia de comemorar, com certeza

My Boss ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora