• Capítulo 01 •

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— Que cara é essa, Jimin?

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— Que cara é essa, Jimin?

Virei-me bruscamente para encontrar o olhar de Taehyung me analisando com curiosidade e dei de ombros, tentando disfarçar o nervosismo. Eu tinha entrado em seu quarto havia uns quinze minutos e me sentado ao lado dele no chão para observá-lo jogar videogame, só que meus pensamentos vagaram para longe. Mais precisamente para o garoto diabólico do quarto no final do corredor.

— A mesma cara de sempre — resmunguei contrariado, apontando o queixo em direção à televisão. — Continue jogando, me deixa quieto.

Taehyung fez uma careta de desgosto, porém acatou meu pedido e não demorou a se empolgar com o jogo outra vez. Enquanto isso eu fingia prestar atenção. O garotinho era tão mimado quanto quando o conheci, mas felizmente costumava me obedecer.

Aos dez anos de idade, Taehyung não era somente o filho do patrão a quem eu devia proteger acima de qualquer um. Mesmo se tratando de uma criança e eu já na fase adolescente, nossa ligação era forte o bastante para que eu o considerasse meu melhor amigo, e ele vivia me dizendo isso.

“Você é meu irmãozão, Jimin”

Insistia Taehyung com frequência. Era verão, por isso Jungkook estava de volta. Nos últimos cinco anos ele sempre retornava para casa durante as férias escolares, e até onde eu sabia, aquele foi seu último ano no ensino médio.

Logo ele iria para a faculdade e talvez eu não o visse por algum tempo. Não que eu faça questão disso!, resmunguei em pensamento. De repente, a cena do corredor veio à tona em minha mente e prendi a respiração, como se alguém pudesse aparecer a qualquer momento e adivinhar meus pensamentos ou enxergar através da expressão do meu rosto o que havia acontecido.

Ele me beijou… ou me mordeu? Que porra foi aquilo?

Depois do que Jungkook disse sobre quem iria me proteger, afastou-se e saiu, me deixando ali sem reação alguma, pego completamente de surpresa. Jeon Jungkook era um cara estranho. Eu sabia disso desde a primeira vez que o vi, e aquele primeiro encontro me marcou tão profundamente que passei boa parte do meu tempo livre treinando defesa pessoal a fim de nunca mais me sentir encurralado por quem quer que fosse.

Agora com quinze anos e habilidades em luta consideráveis, achei que podia dar conta do recado, caso outro episódio como aquele acontecesse. Mesmo que nos anos seguintes o irmão mais velho de Taehyung tivesse nos ignorado e mantido distância, algo instintivo sempre me deixava em alerta quando ele estava na propriedade Jeon. Talvez ele estivesse aguardando o momento certo e foi no curto instante em que baixei a guarda ao reencontrá-lo, que Jungkook se aproveitou para me intimidar.

Só que desta vez o seu jogo foi completamente diferente e inesperado.

Só que desta vez o seu jogo foi completamente diferente e inesperado

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— Cordeirinho, cordeirinho. O lobo mau aqui vai te comer.

O som da minha gargalhada ecoou pelo quarto, fazendo com que eu sentisse vontade de rir ainda mais alto. Era um som tão raro que eu mesmo o estranhei, mas de certa forma parecia um tanto libertador. Quando foi a última vez que ri assim? Talvez há cinco anos, no dia em que conheci Jimin numa situação bastante semelhante à que acontecera ainda há pouco.

—  Lúcifer!

Ele me chamou de Lúcifer! O anjo caído. O filho que se voltou contra o próprio pai. Mas ao contrário do personagem original, eu estava longe de ser o “pai da mentira”. Talvez eu fosse o único naquela casa que falasse a verdade. Entretanto, ao nunca ser ouvido, acabei me poupando e decidi pelo silêncio.

— A vingança é um prato que se come frio. E eu também posso ser paciente.

Despi-me das roupas, deixando-as espalhadas pelo chão do quarto, e fui para o banheiro tomar uma chuveirada. Minha excitação ainda estava ali, a imagem de Jimin vívida em minha mente e o breve instante em que mordisquei seus lábios me deixaram ainda mais duro, fazendo com que eu cedesse pela libertação por conta própria. Repousando minha testa na parede do box, deixei a água morna cair sobre meu corpo enquanto me masturbava.

Os gemidos contidos quando estive tão próximo dele agora podiam ser ouvidos entre o som da água saindo do chuveiro e, ao gozar, não contive o desejo insano de murmurar o nome daquele garoto que habitava os meus pensamentos mais sujos.

Park Jimin era o filho único de Bohyun e MinYong, as duas pessoas em que meu pai e minha madrasta mais confiavam. Dois malditos filhos da puta que acobertaram a traição daqueles adúlteros, mas foram cúmplices no golpe de Yeji contra minha mãe, fazendo com que meu pai a expulsasse desta casa e a afastasse de mim. Eu odiava todos naquela casa, mas por algum motivo que não sabia explicar, Jimin, mesmo sendo filho de quem era, não conseguia me fazer odiá-lo.

Pelo contrário, estava se tornando cada vez mais difícil disfarçar o meu desejo por aquele garoto.

— Eu vou te pegar pra mim, cordeirinho.

— Eu vou te pegar pra mim, cordeirinho

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{LÚCIFER} Meu Garoto Diabólico |JIKOOK|Onde histórias criam vida. Descubra agora