Lúcifer. Este é o apelido pelo qual todos me chamam às minhas costas.
O anjo caído. Um filho que se voltou contra o próprio pai.
A alcunha me serve tão bem quanto uma luva, já que meu principal objetivo na vida é tirar meu pai do poder e assumir o i...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu não podia mentir para Jimin. Seria injusto da minha parte esconder o que eu pretendia fazer no futuro em relação aos seus pais, tão logo obtivesse o controle sobre as decisões na mansão Jeon.
Nem mesmo qualquer que fosse o meu sentimento por ele afetaria essa decisão.
— Seu pai é chefe de segurança e eu jamais confiaria a ele essa responsabilidade em se tratando de mim — comecei a me justificar. — Sua mãe é a governanta da casa, ela comanda toda a equipe de funcionários, além de ser a pessoa de confiança de Yeji.
Ele assentiu, ponderando meus argumentos.
— E quanto a mim, Jungkook?
Boa pergunta. E quanto a ele? Eu sabia que mais cedo ou mais tarde teria que ter essa resposta, só não pensei que fosse tão difícil assim encontrá-la.
Sem coragem de encará-lo, me levantei, ficando de pé e de costas para Jimin.
— Você é o protetor de Taehyung — fui sucinto, como se isso explicasse tudo. Ele não disse nada por um tempo, talvez me dando a oportunidade de estender a resposta em algo a mais, só que eu não fiz. Não sabia se conseguiria dizer o que talvez Jimin quisesse ouvir. Pela movimentação atrás de mim, percebi que ele se levantou, mas manteve distância.
— Foi por isso que se aproximou de mim? — Estava começando a se alterar. — Por causa da sua vingança idiota?
Virei-me na hora, irritado, mas assim que vi a expressão chorosa, soube que não seria capaz de brigar com ele.
— Primeiro, não foi isso que eu disse. — Mantive um tom calmo. — E segundo, não é uma vingança idiota. Você não tem culpa sobre o que seus pais me fizeram, Jimin.
— E quanto ao fato de eu ser o protetor de Taehyung?
Embora eu soubesse onde aquela conversa nos levaria, não seria justo fazer com que Jimin acreditasse que eu o considerava apenas o garoto que protegia meu meio-irmão. Eu não seria capaz de jogar com seus sentimentos, porque também eram os meus.
— Eu te disse que você era o único capaz de me impedir de fazer mal ao meu meio-irmão, não foi? — Virei-me para que nossos olhares pudessem se encontrar. — Acha que isso é possível por quê? Com certeza não tem a ver com força física, pois nós dois sabemos que posso te derrubar bem fácil, até.
— Vai se foder, caralho! — Ele veio com tudo para cima, mas ao tentar me empurrar, eu o segurei pelos pulsos e o mantive preso a mim.
Era um tanto engraçado que, mesmo sendo tão bom nas artes marciais, Jimin fosse incapaz de vir a mim usando qualquer movimento de luta. Ele sempre agia com impulsividade, e essa era a minha maior vantagem para contê-lo.
