• Capítulo 47 •

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Boa leitura

—  Por favor, Taehyung

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—  Por favor, Taehyung. Pare de jogar mulheres em cima de mim. Não acha que se estivesse interessado, eu mesmo poderia procurá-las?

Encontrei meu amigo no estacionamento do Alcapone’s, escorado num carro aleatório, terminando de esvaziar uma long neck de cerveja. Sentia-me exausto física e emocionalmente depois da briga com Jungkook e a forma como decidi me desculpar com ele.

Embora tenha sido prazeroso para ambos, eu sabia que foi um erro tentar usar o sexo para apagar toda a merda dos últimos dias.

Desde que Taehyung voltou para casa, estive o acompanhando noite afora e, sempre que surgia a oportunidade, ele nos rodeava de mulheres. Havia dois dias do seu retorno e ter que ficar o tempo todo arrumando desculpas para não transar com alguém já estava me deixando irritado e, para piorar, a paciência de Jungkook beirava ao esgotamento.

O irmão mais velho era o homem da minha vida e maior prioridade, enquanto o irmão mais novo era meu melhor amigo de infância e alguém por quem eu sentia um grande senso de responsabilidade. Não haveria problema algum, se ambos se dessem bem, entretanto, era como se o universo conspirasse para Jungkook e Taehyung se tornarem, de alguma forma, inimigos.

Eu odiava estar no fogo cruzado e sabia que precisava me posicionar com mais firmeza se quisesse evitar o pior. Não fazia o menor sentido, sendo adulto e dono de minhas próprias escolhas, ter que me sujeitar aos caprichos de Taehyung só porque Jungkook não concordou em contar para seu caçula sobre nosso namoro.

— Desculpa, só estava tentando ajudar. — Deu de ombros, jogando a garrafinha vazia no chão, tropeçando nas próprias palavras, o que só provava o quanto estava já bêbado.

Inspirei e expirei com força, colocando meus pensamentos em ordem e acalmando os ânimos. O garoto já tinha dezenove anos, mas ainda se comportava como o moleque de quinze, quando começou a arrumar confusões na escola e a encher a cara escondido. Naquela época eu o acobertei diversas vezes, tanto para ele não se encrencar com os pais, como para evitar tomar bronca por não conseguir controlá-lo.

Mas acho que no fim das contas, esse era o centro do problema: Taehyung detestava se sentir controlado. Sermos amigos não apagava o fato de que eu era pago para monitorar seus passos e relatar cada movimento aos pais de Taehyung, que exigiam do menino um comportamento impecável.

O sobrenome Jeon não podia se envolver em nenhum escândalo para não respingar no conglomerado. Os anos passaram, eu já não era mais o protetor, o vigilante, somente o amigo.

O que significava não ter responsabilidade alguma sobre as escolhas e atitudes de Taehyung.

— Você precisa parar de confundir ajuda com intromissão — fui firme em cada palavra. — Lembra do lance com a Rosé? Está fazendo pior agora. Ficar se desculpando, mas continuar insistindo, não adianta porra nenhuma.

{LÚCIFER} Meu Garoto Diabólico |JIKOOK|Onde histórias criam vida. Descubra agora