Lúcifer. Este é o apelido pelo qual todos me chamam às minhas costas.
O anjo caído. Um filho que se voltou contra o próprio pai.
A alcunha me serve tão bem quanto uma luva, já que meu principal objetivo na vida é tirar meu pai do poder e assumir o i...
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Atualmente
— Pare de me encarar, Lúcifer — pedi, sentindo-me ligeiramente desconfortável.
Era sempre assim, toda vez que meu olhar encontrava o de Jeon Jungkook. O intimidante par de olhos negros do irmão mais velho do meu melhor amigo me despertava sensações que eu ainda estava tentando entender.
A diferença de idade entre nós era de apenas dois anos. Eu tinha dez quando conheci o primogênito de Jeon JungSung, o patriarca da família a quem meus pais serviam desde que me conhecia por gente. Minha mãe, MinYong, era a governanta da mansão Jeon e amiga íntima de Yeji, a matriarca. Já meu pai, Bohyun, era o chefe de segurança e responsável pela proteção de cada membro daquela família.
— Não aja como se pudesse me dar qualquer tipo de ordem, cordeirinho.
O sorriso debochado e arrogante de Jungkook o deixava assustadoramente sedutor. Eu tinha certeza de que aquele jovem herdeiro podia ter qualquer mulher que desejasse jogada aos seus pés, apenas com aquele sutil movimento dos lábios.
E Jungkook tinha somente dezessete anos. Era bem provável que seria ainda pior quando se tornasse um adulto.
Engoli em seco. Nervosismo e raiva me fizeram cerrar os punhos para controlar o impulso de mandá-lo se foder. Jungkook exercia esse poder sobre mim desde sempre, o que fazia eu odiar a mim mesmo por diversas vezes. Não sabia por que, e isso me deixava confuso e frustrado.
— Não me chame assim!
Cordeirinho. O maldito apelido que Jungkook inventou já me acompanhava há cinco anos e, agora, aos quinze, eu odiava mais do que tudo no mundo ser chamado daquele jeito, principalmente porque conhecia os motivos que fizeram o jovem demônio me provocar insistentemente. Eu me lembrava como se fosse ontem.
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Há cinco anos
— Ele é malvado!
O choro de Taehyung me deixou preocupado e eu o abracei a fim de fazê-lo parar antes que nossas mães aparecessem.
