• Capítulo 41 •

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Já passava da meia-noite quando o motorista de aplicativo me deixou em frente ao prédio que morava

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Já passava da meia-noite quando o motorista de aplicativo me deixou em frente ao prédio que morava. Tendo pagado com o cartão de crédito, apenas me despedi por educação e desci do carro. Eu não estava bêbado, mas quando vi Jimin na portaria, pude jurar que estava imaginando coisas. De pé, escorado na parede ao lado da porta de vidro, com os braços e pernas cruzados, meu namorado não percebeu que eu me aproximava, pois havia cochilado. Sacando o cartão magnético do bolso traseiro de minha calça, reparei na movimentação ao meu lado assim que a porta automática fez barulho, despertando Jimin.

— Ei, você demorou! — Seu tom ansioso não me passou despercebido.

Não me virei para encará-lo, simplesmente passei pela porta já aberta e a segurei para que ele me seguisse. O cara tinha se dado ao trabalho de ir até ali me encontrar então o mínimo que eu poderia fazer, mesmo chateado, era recebê-lo.

Desde que nos tornamos um casal, Jimin e eu passamos a conhecer melhor um ao outro, e isso não estava diretamente relacionado ao sexo, mas a parte mais difícil de se comprometer com uma pessoa: aprender a lidar com as diferenças e tentar entendê-las, respeitá-las e encontrar um meio-termo que satisfizesse a ambos. Em se tratando de mim, o meu lado frio e indiferente era o que mais incomodava Jimin, que tinha uma personalidade receptiva e amigável. Enquanto eu costumava me fechar quando algo me irritava, ele era do tipo que precisava jogar para fora as emoções que o corroíam. Por isso eu soube que, apesar de tê-lo ignorado deliberadamente naquela noite, após ouvir sem querer sua conversa com Momo, Jimin não conseguiria adiar uma conversa em que pudéssemos esclarecer as coisas e fazer as pazes.

Ele me seguiu em silêncio, mas assim que as portas do elevador se fecharam, segurou-me pelos ombros e me colocou de costas contra a parede. Foi um gesto gentil, nada imposto com agressividade, por isso nem me esforcei para impedi-lo. Quando meu olhar encontrou o seu, constatei o que já previa: ele estava tão péssimo quanto eu.

— Posso te beijar? — Quase ri com sua pergunta, mas neguei ao balançar minha cabeça. — Por que não?

Soltei um longo suspiro.

— Você disse que só me diria não quando eu tentasse usar o sexo como uma forma de te punir — justifiquei. — Se eu te deixar me beijar, é exatamente o que vou querer fazer assim que entrarmos em casa. Estou te poupando de me rejeitar.

— Me rejeitando primeiro.

Concordei, no exato instante em que as portas do elevador se abriram. Jimin me soltou e saiu do elevador, seguindo-me até o final do corredor. Ao entrarmos, ele apenas esperou que eu trancasse a porta para dar início a conversa.

— Olha, me desculpa, tá legal? — Repousou as mãos no quadril, encarando-me com seriedade.

— Exatamente pelo que está se desculpando, Jimin? — Controlei-me para não ser sarcástico, justamente por saber o quanto ele detestava que eu me comportasse de tal forma em uma discussão. — Por acaso sabe o motivo de eu ter ficado chateado com você?

{LÚCIFER} Meu Garoto Diabólico |JIKOOK|Onde histórias criam vida. Descubra agora