• Capítulo 16 •

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Boa leitura



Embora aparentasse minha tranquilidade habitual, seria mentira dizer que eu não estava nervoso

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Embora aparentasse minha tranquilidade habitual, seria mentira dizer que eu não estava nervoso.

E sendo bem sincero, minha inquietude teve início no momento em que coloquei os pés em solo coreano. Sete anos é muito tempo. Nós dois mudamos, tanto em aparência quanto em personalidade, eu supunha, pois éramos dois homens adultos carregando as experiências do período que passamos longe um do outro.

O Jimin diante de mim agora parecia tão surpreso quanto eu. Talvez ele não estivesse preparado para o nosso reencontro, mas no meu caso eu só consegui disfarçar melhor, pois certamente me senti afetado por sua presença. Eu sabia que hoje era sua formatura, foi justamente por isso que escolhi a data para reaparecer em sua vida.

Sentia-me orgulhoso por sua conquista, bem como quando MinYong me contou que Jimin iria ingressar na faculdade, por ensino à distância. Ali percebi que o cordeirinho estava buscando algo além de seguir seu rebanho. Ele vestia um conjunto de terno impecável, em azul-petróleo com riscas de giz. Uma camisa azul-marinho e gravata em tom borgonha. Algo que sem dúvidas eu teria escolhido usar, pois fazia meu estilo para o ambiente corporativo. Totalmente o oposto de como eu estava agora, o que provavelmente foi o motivo da sua perplexidade.

Seu cabelo num loiro-escuro estava penteado para trás, e o cabelo angelical mais comprido combinava bastante em Jimin. O rosto sem a barba o deixava atraente e, para quebrar o visual pomposo, um discreto brinco de brilhante na orelha esquerda. De fato, eu o analisei com bastante atenção aos detalhes. Como o porte físico esguio e sem deixar passar despercebido os bons centímetros que ele cresceu. Ainda assim, eu continuava mais alto e provavelmente mais forte, considerando meu ganho de massa muscular no decorrer dos anos e toda a minha dedicação aos exercícios físicos na academia.

Não fosse a sua trapalhada ao derrubar a banqueta na qual estava sentado, quando se virou ao ouvir minha voz, talvez eu não reparasse que, apesar de ser adulto agora, ainda havia um traço do garoto de sete anos atrás. Um tanto intempestivo e com uma intensidade marcante nas íris acinzentadas que eram capazes de me prender a atenção, por mais que eu tentasse não sucumbir ao fascínio que ele despertava em meu íntimo sem sequer se esforçar.

- Que cara é essa, Jimin? Parece que viu o diabo.

- Lúcifer! - balbuciou sem se dar conta, percebendo a gafe logo em seguida.

Soltei uma gargalhada bem-humorada, como há muito tempo não fazia, estranhando minha própria reação. Nós mal nos reencontramos e eu já começava a sentir os efeitos que sua presença me proporcionava. Algo em Jimin trazia leveza ao meu âmago amargurado.

- Ei, você! - Taehyung interrompeu, prostrando-se à frente de Jimin, cortando nosso contato visual. - Que porra está fazendo aqui?

Encarei meu meio-irmão com indiferença, nem um pouco surpreso com seu comportamento mimado e invasivo. Filho de quem era, eu não podia esperar finesse.

{LÚCIFER} Meu Garoto Diabólico |JIKOOK|Onde histórias criam vida. Descubra agora