Lúcifer. Este é o apelido pelo qual todos me chamam às minhas costas.
O anjo caído. Um filho que se voltou contra o próprio pai.
A alcunha me serve tão bem quanto uma luva, já que meu principal objetivo na vida é tirar meu pai do poder e assumir o i...
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— Merda!
Desferi um soco contra o ar, tentando aliviar a frustração. Eu sabia que tinha cometido um grande erro assim que proferi as palavras que fizeram Jeon Jungkook fugir às pressas.
Eu nunca havia presenciado o babaca arrogante tão abalado. Não deveria tê-lo acusado, principalmente quando nem eu acredito naquela história. Acontece que fiquei muito puto com a provocação do garoto diabólico, mas o verdadeiro gatilho foi a ousadia de Jungkook em me tocar de maneira tão íntima, flagrando-me em minha própria excitação. Ficava duro sempre que iniciávamos aquele jogo de gato e rato e apesar de ter demonstrado controvérsia em relação às investidas dele, eu precisava admitir que gostava de toda a adrenalina que percorria meu corpo a cada confronto.
Jeon Jungkook era capaz de abalar minhas estruturas emocionais e atiçar meus instintos sexuais, mesmo que ainda fosse complicado lidar com todas essas sensações aparentemente erradas.
Erradas aos olhos de quem, afinal?
O corpo me pertencia, bem como minhas vontades! Mas apesar de estar enfrentando algum impasse em relação aos meus próprios sentimentos, o que mais pesava era a incerteza dos motivos que levavam Jungkook a me provocar sempre que tinha oportunidade. Eu não fazia a menor ideia se o jovem herdeiro estava apenas zombando de mim, usando de seu charme para seduzir o filho dos empregados por mera diversão. No fundo, sentia medo de me tornar um brinquedo nas mãos de Jungkook, que poderia me descartar tão logo encontrasse uma nova distração.
Manter-me distante e indiferente era mais seguro. Entretanto, usar aquele acontecimento do passado para revidar não foi uma jogada honesta.
O fato de que Jungkook estava me evitando há uma semana só fazia eu me sentir ainda pior.
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— Tem certeza de que não deseja uma festa de aniversário?
Eu até tentei, mas não consegui evitar de gargalhar ao ouvir a pergunta do meu pai, durante o café da manhã.
— Alguma vez já tive uma?
Mantive um tom de indiferença, embora aquele fosse um tópico sensível para mim. Desde que minha mãe foi embora, me tornei cada vez mais introspectivo. Afastei-me dos poucos amiguinhos que tinha e, com o nascimento de Taehyung, Yeji parou de fingir que se importava comigo.
