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Boa leitura
— Quando permiti que fizesse faculdade, não imaginei que você seria tão ingrato a esse ponto.
O tom de desdém com que Jeon Yeji reagiu ao meu aviso de demissão me deixou enojado. Agora que conhecia toda a sujeira escondida debaixo do tapete da mansão Jeon, eu não via a hora de me afastar.
Com Taehyung prestes a sair do país, não tinha necessidade de permanecer na propriedade, embora o fato de que meus pais moravam ali resultaria em visitas esporádicas. Ela não tinha o direito de permitir ou deixar de permitir que eu fizesse faculdade, bem como não podia decidir a respeito das minhas escolhas.
— Sinto muito por decepcioná-la, senhora. — Eu não sentia nem um pouco, mas não era idiota a ponto de comprar desavenças com a mulher que ocupava a poltrona do marido no escritório da mansão.
Eu pretendia informar ao patrão pessoalmente sobre meu desligamento, mas achei pertinente contar a ela primeiro.
Taehyung estava voltando de viagem naquele mesmo dia, então quanto antes sua mãe soubesse, melhor.
— Se realmente sentisse, não estaria se demitindo, Jimin. — Mantinha os braços cruzados, fitando-me com severidade. — O que vai ser de Taehyung, sozinho, morando em outro país? Eu confiava em você para protegê-lo.
— Taehyung já é adulto e capaz de cuidar de si mesmo.
— Acha que eu não sei o que é melhor para o meu filho? — Ficou de pé, espalmando as mãos na mesa de mogno, como se essa postura pudesse me intimidar de alguma maneira.
A verdade era que toda essa pose de mãe preocupada que dona Yeji fazia questão de manter em nada me convencia.
Tudo o que eu enxergava era uma mulher manipuladora que depositava no filho expectativas exageradas. Quando era mais jovem, até acreditei nos motivos que a deixavam preocupada, mas com o passar do tempo, cheguei à conclusão de que ela fazia questão de ter um filho frágil e sem iniciativa, que dificilmente pensaria por si só e precisasse de sua orientação, além de alguém para zelar por ele, pois não tinha coragem de cuidar de si mesmo.
Por isso escolheu a mim, que cresci afeiçoado ao garoto e que, além de protegê-lo, ajudou a mimá-lo.
Eu estava ciente de que tinha certa responsabilidade. Tae era um dos herdeiros Jeon, e até aí tudo bem, dona Yeji quis me fazer acreditar que Jungkook era capaz de machucar Taehyung fisicamente. Só que eu sabia que ele jamais iria tão longe, e essa certeza me trazia o acalento de não me sentir culpado por deixar Tae depois de tanto tempo ao seu lado.
— Perdão pelo atrevimento, dona Yeji, mas minha decisão está tomada e reflete o que eu considero o melhor para mim. — Afastei-me da mesa. — Com licença, vou me retirar agora.
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{LÚCIFER} Meu Garoto Diabólico |JIKOOK|
Fiksi PenggemarLúcifer. Este é o apelido pelo qual todos me chamam às minhas costas. O anjo caído. Um filho que se voltou contra o próprio pai. A alcunha me serve tão bem quanto uma luva, já que meu principal objetivo na vida é tirar meu pai do poder e assumir o i...