• Capítulo 53 •

312 37 1
                                    

— Como ousa voltar aqui depois do que fez? — A pergunta de Yeji veio seguida de um tapa em meu rosto, que não previ a tempo, pois meu foco estava em descer o último degrau com a mala

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


— Como ousa voltar aqui depois do que fez? — A pergunta de Yeji veio seguida de um tapa em meu rosto, que não previ a tempo, pois meu foco estava em descer o último degrau com a mala.

Eu tinha acabado de recolher meus pertences e não pretendia pisar naquela
casa nunca mais. Seria uma das poucas coisas que eu faria questão de deixar para minha madrasta, por ela ter me proporcionado as piores lembranças naquele lugar.

Num ato de raiva somado à impulsividade, estiquei meu braço e capturei o pescoço da mulher que por anos tentava me tornar o vilão da sua história fantasiosa. Ela finalmente havia conseguido. Apertei sua garganta, mas não forte o suficiente para sufocá-la, porém o bastante para deixá-la com medo. E consegui. Yeji, que sempre foi reativa e venenosa com suas palavras, encarou-me com os olhos arregalados, em choque.

Sem ação, pois certamente não esperava que um dia eu finalmente fosse revidar.

— Eu te avisei da última vez, que não
deveria me tocar. Sua puta maldita... —sibilei, mantendo-a cativa sob minha mão. —
Essa também é a minha casa. Eu posso ir e
vir quando bem entender, porque a intrusa
aqui sempre foi você. — Ela não disse nada, seu corpo tenso denunciando o pavor, o que me fez sorrir de satisfação. — Aceite essa casa como um presente de consolação — continuei, num tom perverso, propositadamente para intimidá-la. — Você pode ficar com ela, já que o conglomerado não passa de uma ilusão distante.

— Jungkook! — O tom nervoso do meu pai me fez perceber o quão preocupado ele
estava com a esposa. — O que pensa que está
fazendo? Enlouqueceu de vez — Aproximando-se a passos largos, papai puxou Yeji para seus braços e me encarou com certa perplexidade.

Ele também não esperava aquela atitude de minha parte.

— Por que a surpresa, pai? Há anos que sua esposa me chama de monstro ou demônio — dei de ombros. — De que adianta a reputação se eu nunca fizer nada para
merecê-la? — Yeji continuava em choque. Chorava em silêncio. Atuação ou realidade, eu não me importava.

— Você está perdendo a cabeça — revidou ele, claramente decepcionado. — Taehyung está...

— Estou pouco me fodendo para aquele moleque! — cortei, alterando a voz. — Taehyung teve o que mereceu, pela merda
que fez. E se ele insistir em se colocar no
meu caminho outra vez, não serei condescendente.

— Está finalmente revelando o seu verdadeiro eu comentou, desgostoso. — Assenti, focando em segurar minha
mala.

— Já não sou mais o garotinho que não conseguia se defender dos tapas e ameaças que recebia da madrasta enquanto ficava trancado no quarto. E não preciso de aprovação pra nada, pai. O senhor nunca moveu um dedo por mim. E eu não espero que comece a fazer agora.

Quem diria que Jeon JungSung ficaria sem palavras um dia?

Ele não me defendeu da esposa quando eu era uma criança indefesa, e nem o faria agora que eu tinha idade o bastante para cuidar de mim mesmo.

{LÚCIFER} Meu Garoto Diabólico |JIKOOK|Onde histórias criam vida. Descubra agora