capítulo 13

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Grupo da Freen: Flashback é vida

Freen: Gente, por favor… eu tô sentindo umas coisas…

Nam: Meu Deus, o que você está sentindo?

Heng: Vou pegar a chave do carro e vou voando pra sua casa…

Freen: NÃO! Não precisa vir, não é nada com minha saúde… hoje mais cedo a Rebecca me deu um beijo na bochecha e eu fiquei tão sei lá, tão nervosa…

Nam: Ai meu pai, foi só um gay panic, mulher. Um dia você me mata com essas suas coisas. Queria que ela tivesse beijado outro canto, não é?

Freen: Talvez? Gente, eu não sei. Eu estou nervosa, não sei o que pensar ou como agir. Ela acabou de sair daqui.

Heng: Sentir tudo isso que você está sentindo é normal, Freen. Afinal, isso tudo é muito novo pra você.

Nam: Eu também tive medo no começo. Foi difícil eu mesma me aceitar. Só não surta!

Freen: Eu gosto de mulher? Ou eu só gosto da Rebecca? Vocês acreditam que ela trouxe um gato pro Matheo? UM GATO!!!

Heng: Você nunca me deixou dar um gato ao meu afilhado. Aí chega a deusa com toda aquela belezura e você deixa…

Nam: Mentira KKKKKKKKKK. Cadê esse gato? E o Theo, como ele ficou?

Freen: foto do gato

Tô com ele aqui na minha cama, e o Matheo amou, né? Claro que ele iria amar. Está deitado aqui comigo também.

Heng: Gente, não dá. Olha que filhote mais lindo, quero apertar… mds, a Rebecca gosta mesmo de você…

Nam: Eu tenho certeza. Quem que dá um gato? Só quem quer algo a mais, a desculpa perfeita e tal…

Freen: Gente, não me deixa nervosa. Vocês acham que ela gosta de mim? Tipo, eu sei que ela gosta de mulheres. Ela deixou isso bem claro… só que ela sabe que eu sou hétero, ou era, não sei.

Nam: E daí? Infelizmente, temos esse defeito de gostar de hétero kkkkkkkk. Às vezes, nos ferramos, mas, para a sorte dela, a hétero que ela está gostando também está gostando dela…

Heng: Nem todos têm essa sorte KKKKK.

Nam: Meus pais já não me quiseram em casa só por eu estar grávida. Quem dirá se souberem que eu estou querendo beijar outra mulher…

Nam: E quem se importa com o que eles pensam? Na verdade, quem se importa com o que a sua mãe pensa? Seu pai e sua irmã são carta fora do baralho. Aquele homem foi manipulado.

Freen: Ele não me procurou depois que eu saí de casa…

Heng: Você sabe como é sua mãe, Freen. Não me surpreenderia se soubesse que ela inventou alguma coisa para que ele não entrasse em contato com você.

Nam: Você conseguiu tudo sozinha. Ela não tem direito de se meter na sua vida. Se você quer ficar com uma mulher, ou melhor, com a Rebecca… então fique, principalmente se ela te faz feliz. Não vá querer deixar de viver por quem te deu as costas. Não vá abrir mão de uma possível felicidade por quem tirou a sua…

Freen: Eu estou com tanto medo, mas eu quero ver no que pode dar… assim como a frase que eu postei um dia desses, eu vou me entregar…

Heng: Isso, meu anjo. E vamos estar aqui por você, ou melhor, por vocês!

Nam: Por vocês ❤️

{-}

Na rádio HitMalik

Nop sentou-se em sua cadeira e levou seus fones até seus ouvidos. Viu quando a plaquinha com o nome ‘NO AR’ acendeu e ele se inclinou, deixando sua boca próxima ao microfone.

- E vamos de história de amor? - apertou um botão e uma música romântica começou a tocar baixinho.  — Quero apresentar aqui uma história que eu comentei sobre ela aqui há semanas atrás. Eu disse que iria narrar sem revelar nomes. Hoje, eu pretendo começar. Quem está ansioso? — Ele apertou mais um botão na mesa e algumas palmas, assobios e feitos foram ouvidos pelos ouvintes.

- Havia um unicórnio, e esse unicórnio queria colecionar todas as cores do arco-íris. — Ele apertou um botão e saíram vários “awn”. — Saindo para procurar mais uma cor, o unicórnio encontrou um dragão sem querer. — Um barulho de surpresa foi ouvido. — Na verdade, elas se esbarraram e no mesmo momento, pássaros cantarolavam na floresta. O unicórnio se encantou pelo pequeno dragão…

Os ouvintes estavam ligados na história. A rádio HitMalik era conhecida por ser uma das mais românticas, sempre inovando em trazer conteúdo, o que atraía muitos ouvintes.

- Então, o unicórnio contou ao dragão que estava tentando colecionar todas as cores do arco-íris. O dragão se ofereceu para ajudar, — tomou um pouco de água. — Na semana seguinte, o pequeno dragão conseguiu entregar uma cor para o unicórnio, que saiu saltitante em direção à sua casa para poder admirar aquela cor… sem parar de pensar no pequeno dragão que estava ajudando.

As amigas de Nop estavam ouvindo a rádio, e Freen também estava concentrada em ouvir o que ele estava contando.

- O unicórnio estava assustado, pois começou a ter sentimentos pelo dragão. Sabia que os dois eram de espécies diferentes e que isso poderia atrapalhar qualquer tipo de relação. — Ao apertar um botão, sons de decepção foram ouvidos. — O unicórnio também descobriu que o dragão tinha um filhotinho lindo, o que o deixou ainda mais encantado. Seus amigos deram apoio e disseram que, mesmo sendo de espécies diferentes, eles poderiam sim dar certo. _ — Nop estava concentrado em lembrar as coisas que Rebecca falava e que eles sabiam. — Mais cedo ou mais tarde, o pequeno dragão poderia sim sentir algo pelo unicórnio…

Rebecca, ao ouvir aquilo, revirou os olhos, enquanto Noey e Irin estavam rindo da amiga.

- Sim, pessoal, estou usando códigos. O passarinho da história é a rádio, e o unicórnio e o dragão são os personagens dessa linda história de amor, — falou animado. — Fiquem ligados na rádio pelos próximos dias. Estarei trazendo a continuação dessa linda história. Vocês que curtem romance e gostam da rádio, não deixem de acompanhar para não perder… até a próxima, pessoal!

𝑲𝒊𝒔𝒔 𝒎𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora