Final

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Casa da Freen:

As duas mulheres estavam deitadas em uma rede que estava armada em um suporte para rede portátil. Matheo estava sentado próximo delas, na sombra da árvore, e brincava com alguns brinquedos.

- Eu estava aqui pensando e acho que a nossa história de amor daria um ótimo livro de romance, - disse Rebecca enquanto acariciava o braço de Freen.

- Quem sabe um dia eu não escreva esse livro? - se ajeitou na rede e subiu um pouco o corpo até conseguir dar um beijo na bochecha da namorada. - Assim, outras pessoas podem conhecer a nossa história.

Freen se aconchegou nos braços de Rebecca. Ali, ela se sentia segura, amada e protegida. Sabia que naquela mulher que estava ali com ela, ela tinha encontrado o seu lar, tinha encontrado a sua pessoa, aquela que iria estar sempre ao seu lado. Rebecca estava feliz por saber que havia encontrado alguém a quem poderia depositar todo o seu amor sem medo de se machucar, a pessoa que iria amá-la na mesma intensidade que iria cuidá-la. As duas sabiam que pertenciam uma à outra, e nada e nem ninguém poderia dizer o contrário.

- Amo-te tanto, meu amor, - começou Freen a recitar. - Não cante o humano coração com mais verdade… amo-te como amigo e como amante, numa sempre diversa realidade.

- Amo-te afim, de um calmo amor prestante, e te amo além, presente na saudade, - continuou Rebecca.

- Amo-te, enfim, com grande liberdade dentro da eternidade e a cada instante. Amo-te como um bicho, simplesmente de um amor sem mistério e sem virtude, com um desejo maciço e permanente, - falou Freen baixinho com a boca próxima ao pescoço de Rebecca.

- E de te amar assim, muito e amiúde, é que um dia em teu corpo de repente hei de morrer de amar mais do que pude, - finalizou Rebecca o poema e se afastou um pouco para ter visão do rosto de Freen. Ambas tinham um sorriso pequeno em seus lábios.

- Obrigada por estar comigo, por me amar e me cuidar. - Ela ergueu a mão e acariciou a bochecha direita de Rebecca. Subiu com as pontas dos dedos e, com o indicador, desenhou as sobrancelhas também. - Obrigada por ser o meu lar, por ser a minha família, por ser a nossa família. - Olhou na direção do seu filho.

- Eu que agradeço por você estar comigo, por me amar e me deixar te amar da mesma forma. - Beijou a palma da mão de Freen, que estava pousada em sua bochecha. - Eu quero que tudo isso seja para sempre. - Gesticulou com o indicador em direção a elas duas e em direção a Matheo.

- Becky... - Ela se aproximou do rosto de Rebecca, passou uma das pernas por cima da cintura da namorada e desceu a mão por seu pescoço. - Me beija...

Rebecca sorriu de canto e aproximou os lábios do de Freen e iniciou um beijo calmo e cheio de amor, pediu passagem com a língua a qual Freen logo cedeu, dando início ali a uma batalha com a língua a qual nenhuma das duas se importavam em perder, o beijo foi perdendo o ritmo quando sentiram que estavam ficando sem ar, Rebecca encerrou com alguns selinhos e sentou quando Freen trilhou beijos por seu queixo em direção ao seu pescoço, deixando um cheiro prolongando ali.

- Eu te amo, Rebecca.

- Eu te amo, Freen.

- Eu amo vocês, mamães.

Olharam para o lado, surpresas, e viram Matheo segurando na borda da rede. Ele estava sorrindo. Rebecca se ajeitou e inclinou-se para pegar o menino, colocando-o dentro da rede junto com elas duas. O pequeno abraçou as duas mães como pôde e deixou beijos molhados nas bochechas de ambas. Elas começaram a rir, e ele acompanhou o riso. Naquele momento, havia uma família completa e feliz dentro daquela rede. Não precisavam de mais nada, pois tudo o que precisavam estava bem ali.

Eu simplesmente acredito que, às vezes, o destino tem um futuro reservado para nós, algo que não podemos imaginar. E para torná-lo viável, precisamos continuar acreditando que coisas boas estão por vir.

— Jojo Moyes

Bom, quero agradecer a todo mundo que leu. Essa foi uma das fics que eu mais gostei e espero que vocês tenham gostado também. Eu chorei enquanto editava esse final. Tudo tão bonito e lindo. Até mais! 🫶🏼

𝑲𝒊𝒔𝒔 𝒎𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora