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onde eles conversam



FLORA MARTINS ORTIZ



— Você tem uma Posche — paro do seu lado enquanto Hector destrava seu carro.

Havíamos completado o treino e o moreno está me levando para comprar meu chocolate quente, mesmo que eu não tenha ganho a aposta.

— Sim, por que? Prefere Lamborghini? Ferrari? — ele pergunta, parece até estar me oferencendo um desses — estou pensando em comprar uma moto também — comenta.

— Gosta de carros? — ele me guia para o lado do passageiro e abre a porta para mim e eu entro.

— Você gosta? — retruca quando se senta no banco do motorista.

— Depende, acho bem interessante e até gosta de Fórmula 1, mas não me dou o trabalho de memorizar motores e essa coisa não.

— Fórmula 1, uh? — da partida no carro — Ferrarista? — concordo — interessante — sai do estacionamento — então, Flor, o que faz da vida?

— Primeiro, todo mundo me chama de Flora ou Florinha, não precisa me chamar de Flor, mesmo que seja um apelido óbvio, segundo, eu estudo e jogo vôlei, terceiro, acho que não deveria entrar em carros de estranhos que conheci à uma hora.

Hector gargalhou e percebi que dirigia apenas com uma mão, a outra descansando na porta do carro.

— Então, primeiro, vou continuar com o Flor, segundo, vôlei é? Terceiro, não sou um estranho, sei teu nome, teu telefone e por mim estamos na amizade, por enquanto.

— Por enquanto? — pergunto confusa e ele sorri de canto, parando em um semáforo.

— Tá bom, vamos fazer assim: você me faz uma pergunta eu respondo e depois eu que faço a pergunta pra você, pode ser? — sugere e eu assinto — eu começo: quando faz aniversário?

— 19 de novembro — ele me olha rápido e assente —e você?

— 2 de agosto — responde — qual o número da sua camisa no Barça?

— 39 — ele sorri — e a tua?

— 39 — Hector responde — acho que é destino , hein — ele brinca e gargalho — hum, tem namorado?

— Não — respondo e ele assente concentrado na estrada — você?

— Namorado não tenho não — sorriu brincalhão.

— Ai, eu não queria dizer dessa forma, se você tem namorada.

— Não tenho, Flor — riu baixo — música favorita?

— Sou bem eclética, nunca tenho favorita, mas hoje acho que é Nobody Compares do One Direction.

— Gosta de banda morta? — faz uma careta.

— Não é morta tá? Eles vão voltar! — digo — e você fez mais que uma pergunta!

— Desculpa, pode perguntar — riu.

— O que você gosta de fazer pra passar o tempo?

— Ah, eu jogo bola, vídeo game, treino, ouço música — responde dando de ombros — e você?

— Eu tenho milhões de hobbys: crochê, ler, música, vôlei, tocar teclado, treinar, filmes, pintar as unhas, sair pra qualquer lugar, assistir milhões de esportes, viajar, dançar, cozinhar, enfim. Gosto de ter o que fazer — sorrio sem graça.

— Caraca, Florzinha, multi-coisas você — brincou.

— Minha vez, para onde está me levando? — pergunto percebendo que estamos no centro da cidade.

¡PERFECT! Hector FortOnde histórias criam vida. Descubra agora