¡PERFECT! Hector Fort

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onde o time todo se fode

HECTOR FORT

— Olá, senhora Ortiz! — escuto Vega dizer ao meu lado e tiro minha atenção de Flora para ver praticamente uma cópia dela entrando na nossa fileira de cadeiras vindo cumprimentar Vega, ela estava de mãos dadas com um garotinho, que chuto ser irmão de Flora.

— Oi, Vega! Por favor, sem senhora! Apenas Ana — a mulher de olhos castanhos e cabelos da mesma cor falou — Oi, todo mundo! São amigos da Florinha?

— Prazer, sou o Hector! — me levantei para cumprimenta-lá melhor e ela deu um sorriso.

— Sou a Ana, Hector, mãe da Flora! Já ouvi muito de você lá em casa — ela comentou e pela primeira vez em muito tempo eu me senti envergonhado.

Dei espação para ela cumprimentar os outros e depois se sentou na cadeira ao meu lado que antes sua filha estava ocupando, ela colou o garotinho em seu colo. O time do Barcelona estava entrando em quadra para a apresentação e cumprimento dos times e vi quando Flora acenou sorridente para a mãe que acenou de volta.

— Hector, então me fala mais sobre você, minha filha disse que gosta muito da sua amizade e companhia — a mais velha falou e cocei a nuca um pouco nervoso.

Meu Deus, o que eu falo agora?

— Ah, eu conheci a Flor aqui na academia do CT mesmo, e já saímos uma vez, sua filha é maravilhosa, muito bonita e legal.

— Flor? Você chama ela de Flor? — hesito um pouco mais assinto e vejo Ana sorrir — ninguém chama ela assim, ela gosta?

— Nunca reclamou — vimos as jogadoras se posicionando para o começo do jogo.

— É um apelido meio óbvio, eu sei, mas não sei como ninguém nunca a chamou assim antes. Bom, vocês estudam na mesma escola, né? — perguntou de novo.

— Sim, estamos na mesma turma! — assente e o jogo começa, Flora me explicou uns dias atrás sobre o rodízio 5x1 quando teve uma crise e achou que havia esquecido as posições, então me fez de aluno e explicou perfeitamente todo o jogo.

E pelo o que eu me lembrava, é super normal ela estar correndo de um lado para o outro todas as vezes que a bola entrava no seu lado da quadra. Será que não dá tontura nela não?

O Barcelona estava na frente por 8 pontos e era só alegria e torcida no nosso grupo.

— Oi! — ouço uma vozinha do meu lado e olho para o garoto no colo de Ana, que estava super concentrada no jogo, ele acena para mim com um sorriso de dentes de leite.

— Oi! — responde ele e sorrio, ele era muito fofo — qual seu nome?

— Victor — responde — você namola minha ermã? — questiona animado e arregalo os olhos.

— Não, ainda não — rio com a carinha fofa dele, me dá vontade de apertar suas bochechas. Depois que falo o "ainda", Ana me olha meio cúmplice. Bom saber que ela aprovaria.

— Você jolga bola? — ele pergunta mais uma vez, agora com um brilho diferente no olho.

— Jogo, sim, você gosta de futebol? — pergunto com sua mesma animação e ele assente — que legal! Vamos jogar um dia, você deve ser melhor que eu — quando falo isso ele ri, com aquela risada gostosa de criança. Ele volta a prestar atenção na quadra a sua frente e percebo a admiração em seu olhar quando olha para a irmã.

Flora estava jogando muito bem, mas aparentemente quando o time se juntava depois de um ponto ela ainda parecia excluída, mesmo tentando se aproximar da rodinha.