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onde ele ajuda ela


FLORA MARTINS ORTIZ


Depois de uma manhã inteira e começo da tarde na escola eu finalmente estou liberada, me troco na escola mesmo, colocando uma legging e um top de academia, por cima de tudo ponho uma calça de moletom e meu casaco do Barcelona.

Mamãe me avisou que não iria conseguir me buscar, ela pegou Victor às 12:00 por ser o horário que ele sai e agora ele está com a babá em casa. E mamãe está trabalhando.

Sigo para a estação de metrô com meus fones de ouvido em um lado só, por ser mais seguro e confiro que horas vem o próximo metrô e seria daqui 10 minutos. Dava tempo de chegar e embarcar.

Quando chego, o metrô chegou e entrei em um vagão nem me sento pois a próxima estação já desembarco.

Assim que saio da estação já avisto o CT à frente e atravesso a rua movimentada para chegar lá.

Entro pela catraca e sigo para a academia dando um sorrisinho para Sofia na recepção.

Já na academia deixo nos armários minha bolsa, e decido tirar a calça de moletom quando eu estiver com mais calor, e vou ao bebedouro encher minha garrafa. Vou para um canto fazer mobilidade e percebo que o lugar não está tão lotado. Avisto alguns garotos aqui e ali, e algumas meninas também, nunca tive problemas de vergonha na academia sempre mantive na cabeça que é um lugar em que o egocentrismo reina.

Hoje é dia de superiores e o treino começaria com série de aquecimento na barra, o beleza.

Observo melhor as pessoas e me sinto muito observada também. Olho para um lado e avisto Hector e Marc, namorado de Vega. E é exatamente o primeiro que está me olhando, de novo. Será que ele é vesgo e só tô confundindo?

Dou de ombros e sigo para alguma barra, coloco minhas coisas próximas no chão e apoio as mãos na cintura olhando para cima, e percebendo que meus 1,65 com certeza não vai chegar até a barra, nem se eu insistisse muito.

Olho para os lados procurando algum step ou até mesmo um instrutor, porém não tem ninguém e os steps nem sei onde ficam. Penso no que fazer e tomo um susto com a presença de mais ou menos 1,85 ao meu lado.

— Quer ajuda? — Hector chega igual assombração ao meu lado e o olho como se realmente fosse uma — desculpa te assustar, sou Hector Fort — sorri de lado — Vega comentou de você, aluna nova na escola né? Flora? — concordo — nome bonito — me olha de cima para baixo — enfim, vai querer ajuda pra subir? — aponta pra cima, na barra.

— Ah acho que não precisa, mas você sabe onde fica algum step? — pergunto e ele olha ao redor, negando.

— Acho que levaram todos para a quadra de basquete — responde.

— Então se não for te atrapalhar eu gostaria de uma ajudinha — respondo um pouco sem graça e ele assente sorrindo e indo atrás de mim.

— Posso? — puta merda a voz dele tava muito próxima, olho para baixo e ele está pedindo permissão para me segurar pela cintura , assinto e logo sinto suas mãos em mim — pronta?

— Aham — digo desconcertada e olho para cima colocando meus braços no alto.

Sinto meus pés saírem do chão e o aperto de Hector na minha cintura ficar mais forte e logo agarro a barra.

Ele sai de trás de mim e vem para minha diagonal ainda próximo e me olha. Quase peço para parar de olhar se não, não conseguiria fazer direito as repetições.

¡PERFECT! Hector FortOnde histórias criam vida. Descubra agora