Capítulo 7

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Eu queria enfiar minha cabeça dentro do enorme balde de camarões, eu seria capaz disso, já que não suportava mais ouvir a voz de Lucca e sua nova namorada oficial

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Eu queria enfiar minha cabeça dentro do enorme balde de camarões, eu seria capaz disso, já que não suportava mais ouvir a voz de Lucca e sua nova namorada oficial.

- Você sabe o que vou fazer com você, quando a noite terminar? - ele disse no ouvido dela e felizmente não consegui ouvir o restante dos seus sussurros.

Estávamos todos sentados na mesma mesa em um evento beneficente importante. O intuito era a arrecadação de fundos para o centro de pesquisa na área da saúde, especializado em tratar crianças com fibrose pulmonar idiopática. Os Calloway fazia presença na lista de convidados todos os anos, sem falta, nossa família era conhecida pela filantropia e ser bastante generosa com seus cheques cheios de zeros depois da vírgula.

A música clássica ao fundo tentava criar uma atmosfera de elegância e sofisticação, mas a tensão que pairava sobre as nossas cabeças era quase palpável. Lucca não perdia a oportunidade de deixar claro que estava no jogo pela cadeira de CEO, ao trazer a moça que nem me lembro o nome para um evento tradicional que apenas os membros da nossa família vinha.

Depois de gastarmos alguns milhões de dólares com as pobres crianças, serviram nossa mesa para o jantar.

O aroma dos camarões na mesa, flutuava no ar, deliciosos e sufocante ao mesmo tempo. Eu resistia à tentação de afogar minha frustração naquela pilha de crustáceos deliciosos. Afinal, não podia dar a Lucca a satisfação de me ver perder o controle. Então, engoli em seco e continuei a suportar suas atitudes deploráveis ao meu lado, até que sua convidada levantasse para ir ao banheiro.

- Querido, não me lembro de ter conhecido nenhuma Katherine antes. - Camila, nossa mãe disse com um tom de voz dócil, sem parecer que aquilo foi uma alfinetada. - Há quanto tempo estão juntos? - levou sua taça de champanhe até a boca sem quebrar o contato visual.

- A senhora sabe como funciona a cabeça de nós, homens. - ele respondeu, apoiando os cotovelos na mesa. - Escondemos o jogo até termos certeza que ele está ganho. - lançou uma piscadela para a nossa matriarca e eu revirei meus olhos, achava tudo aquilo um absurdo.

- Como no poker. - ela concluí.

- Isso, mamãe, exatamente como no poker. - me adiantei em responder, deixando Lucca com uma expressão surpresa. - Porque tudo isso é um jogo, não é mesmo? Vence quem é louco o suficiente para seguir as regras mais... Criativas e cruéis, digamos assim. - agora todos na mesa estavam surpresos, incluindo minha cunhada, esposa de Patrick, que não sabia de nada já que assinamos um contrato de confidencialidade logo após a reunião.

- Aqui não é lugar para lavar roupa suja, Victoria. - papai me repreendeu. - Se não quer seguir as regras, é simples, não participe. - disse com firmeza.

- Sem problemas, não vou estragar a imagem imaculada da nossa família. Estou indo para casa, tenho muito trabalho para fazer amanhã, na empresa que eu desgastei da falência iminente. - formei um sorriso rápido nos lábios, que não durou três segundos antes de eu lhe lançar um olhar inflamado por mágoa.

Victoria Calloway - A CEO E O SECRETÁRIO Onde histórias criam vida. Descubra agora