SINOPSE:
Victoria Calloway, tem 28 anos e uma ambição de dar medo. Está determinada a assumir o controle da Lumière, mas para isso terá que seguir a risca as regras do pai.
A primeira regra é casar.
Maxwell Beltran, seu assistente pessoal, deseja to...
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Alguns momentos antes...
Arrisco dizer que uma das cenas mais lindas de Nova York, era quando o sol iniciava sua despedida, pintando cores pastéis no céu. Tons de laranja, rosa e amarelo se misturavam entre as nuvens e atrás dos arranha-céus. Levantei o vidro do carro novamente quando a lua finalmente apareceu e a noite deu seu olá.
Estava à caminho da casa de Maxwell, já que ele se negava em atender minhas inúmeras ligações nos últimos dias. O trânsito caótico de final de expediente, prolongou a viagem até o Brooklyn, mas quando se tem um motorista particular e um carro luxuoso, isso não é tão estressante como deveria ser.
O sumiço do Beltran era suspeito, não tinha dado um dólar até o dia de hoje, então resolvi fazer uma transferência bancária generosa para a sua conta no valor de meio milhão de dólares.
Imaginei que seria o suficiente, e que iria me ligar ou ir até a empresa para darmos início aos nossos planos. O que não aconteceu. Não podia mais esperar ele me retornar ou dar o ar da graça de aparecer. Já era sexta feira e no dia seguinte eu teria um compromisso muito importante, necessitava de sua companhia perante os meus parentes.
Era uma tradição da nossa família se reunir todos os finais de semana na casa de campo, que ficava em Napa Valley, California. Lá, tínhamos o costume de compartilhar momentos fraternais e deixar de lado os assuntos corporativos.
Não seria um final de semana típico na casa de campo dos Calloway sem a presença de todos os membros da família. Isso incluía meus inúmeros primos, primas, tios e tias, até mesmo os agregados da família, como minha querida cunhada Meredith.
Apesar das tensões e rivalidades que surgiam durante a semana nos corredores da Lumière, quando nos reuníamos na enorme propriedade localizada nas colinas, tudo isso parecia desaparecer.
Era como se entrássemos em uma redoma de tranquilidade e harmonia, onde as preocupações do mundo exterior eram proibidas de entrar e obrigadas a ficarem do lado de fora, atrás dos portões de ferro. Ali, éramos apenas uma família unida e feliz.
Minha avó paterna, Eleanor, matriarca da família, sempre fazia questão de nos lembrar a importância desses momentos juntos. Com seus oitenta e três anos de idade, acreditava com muita devoção, que a conexão familiar era a base de tudo. E, que mesmo nos momentos mais difíceis, poderíamos encontrar conforto e apoio uns nos outros.
A maioria de nós, incluindo eu, honrávamos essa tradição com fidelidade. Mas toda família tradicional tem sua ovelha negra, e na nossa, o nome dela era Lucca Calloway.
Lucca sempre demonstrou desinteresse pelos deveres familiares. Desde a infância, preferia os amigos do internato, recusando vez ou outra, passar seus finais de semana conosco. Seu comportamento muitas vezes causava desconforto nos encontros, mas, de certa forma, era tolerado por conta de seu charme cativante.
