Capítulo 19

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Esse capítulo tem algumas pistas do que estar por vir.
Boa leitura ❤️

— Papai, papai, papai

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— Papai, papai, papai. — Brianna veio correndo da sala de estar com os meus sobrinhos, rompendo nosso transe compartilhado. — Olha só, a Sofie tem a boneca da Cinderela.

Ela mostrou a boneca para Max e eu recuperei o fôlego, ao me sentar novamente. O Beltran aproveitou o momento, para concentrar sua atenção na menina, sendo arrastado por ela até a sala, onde estava brincando há poucos segundos.

Meu rosto estava ardendo de vergonha, xinguei vários palavrões mentalmente por ter correspondido àquela promiscuidade.  Não sabia porque estava tão afetada, foi um beijo simples e profissional. Tudo bem, nem tão profissional assim, houve mais intimidade do que eu gostaria, mas mesmo assim não significava nada.

— Que beijo apaixonado, minha querida! — mamãe disse.

— Sim, verdade mãe. — Lucca concordou. — Parece até que o foi o primeiro beijo deles, tamanha foi a intensidade. — e lá estava novamente, seu sorriso atrevido.

— Com licença, irei me retirar. — empurrei a cadeira. — A comida não me caiu muito bem.

— Não vai participar da noite das damas? — Margot perguntou com um bico nos lábios rosados.

Claro, tinha me esquecido de mais uma tradição familiar. A noite das damas acontecia todo sábado, enquanto os homens saiam para caçar, as mulheres se reuniam no vinhedo para tomar drinques e confidencializar seus segredos e conselhos amorosos. Não era a minha parte favorita dos finais de semana, preferia ficar sozinha do que perder meu tempo com conversas que já não me interessavam mais.

— Hoje não, obrigada. Preciso descansar, foi uma semana muito agitada. — dei a volta na mesa, indo até os assentos dos meus pais e depositei um beijo na bochecha de cada um. — Amanhã estarei mais disposta, boa noite.

Ao sair da sala de jantar, andei apressada até a enorme escadaria no hall de entrada da mansão. Tinha esperanças de não topar com Maxwell até estar em sono profundo, debaixo das cobertas. Não iria me esquivar dele para sempre, tinha ciência disso, todavia, precisava organizar minha cabeça para ter uma conversa equilibrada e direta sobre o que aconteceu no jantar.

Infelizmente, meu plano não deu muito certo, como tudo que estava acontecendo naquele dia, que insistia em fugir do meu controle. O homem me viu passar no corredor e agarrou meu braço quando meu salto tocou o primeiro degrau da escada.

— Precisamos conversar. — ele disse com firmeza.

— Você está maluco? — sussurrei, tentando puxar meu braço. — Agora não. — tentei soar fria, como era o costume, mas meu coração ainda batia com muita força. — Vou dormir e sugiro que se prepare para enfrentar meu pai.

— Do que está falando? — ele pareceu confuso e eu revirei meus olhos.

— Não está lembrado? A caça. Você vai sair daqui a pouco. Então trate de colocar uma roupa adequada, ou terá que se meter na floresta com terno e gravata!

Victoria Calloway - A CEO E O SECRETÁRIO Onde histórias criam vida. Descubra agora