SINOPSE:
Victoria Calloway, tem 28 anos e uma ambição de dar medo. Está determinada a assumir o controle da Lumière, mas para isso terá que seguir a risca as regras do pai.
A primeira regra é casar.
Maxwell Beltran, seu assistente pessoal, deseja to...
Não leia se tem menos de 18 anos! Não me responsabilizo. Para as de maiores: boa leitura ❤️
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Voltei para o andar de cima segurando um copo e uma jarra de suco de maçã, mas a única coisa que eu conseguia pensar era que Victoria tinha aceitado meu pedido e que naquele exato momento iríamos descobrir se sua barriga estaria grande no dia do nosso casamento.
Casamento... A ideia de me casar com ela era angustiante alguns meses atrás, quase como se fosse uma tortura fingir para todos que eu a amava. A realidade tinha mudado drasticamente, para melhor, ainda bem. Eu me sentia ansioso para vê-la vestida de branco, entrando na igreja, capela, qualquer lugar que fosse, segurando o braço do seu pai. Frederick a entregando para mim com orgulho.
— Trouxe o suco, você está conseguindo fazer xixi? — tentei bater na porta do banheiro, mas com as mãos ocupadas só consegui falar com a voz claramente nervosa. — Já saiu algum resultado?
Ela não respondeu, mas ouvi barulho de papelão sendo aberto e a descarga acionada. Engoli em seco, andando de um lado para o outro.
— Você quer alguma ajuda? Quer que eu entre aí?
— Max, relaxa. Está tudo bem, só deixe eu fazer isso tá bom?! — ela disse com calma, mas também notei nervosismo na sua voz. — Estou tentando me espremer para o quinto teste e não tenho mais nada na bexiga.
— Bebe o suco, está uma delícia. Tem muito suco aqui.
Um suspiro e silêncio.
Sentei no chão, de frente para a porta do banheiro. Depois de alguns minutos — que pareceram eternidade —, a maçaneta foi girada e uma fresta aberta, revelando o rosto pálido de Vic.
— Eu não sei se vou conseguir fazer isso. — ela disse com a mão no batente da porta, o olhar perdido. — Eu não se tenho o suficiente para fazer isso.
— Os teste? Você não conseguiu urinar?
— Podemos parar de falar da minha bexiga? — ela fez uma careta, saindo do banheiro e começou a andar de um lado para o outro no meio do corredor.
— E então?
— Estão em cima da pia.
— Você quer me matar com o suspense. — ri fraco, me levantando para deixar a jarra e o suco em cima de uma mesa, antes de entrar para conferir os testes.
Estavam lado a lado, em cima da bancada da pia. Cinco testes com duas linhas na pequena tela de led, eu não conseguia me lembrar o que aquilo significava, então agarrei uma das bulas amassadas e passei os olhos com pressas nas letras miúdas.
— Vamos ter um bebê! — gritei, sorrindo ao sair do banheiro para mostrar a bula para ela. — Nossa, um bebê. Que loucura, que insano, que improvável, que maravilha! — Vic me deu um sorriso amarelo, abraçando o próprio corpo. — Você não está feliz?
