Capítulo 35

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Não me matem.
Boa leitura. ♥️

O restaurante era sofisticado e discreto, apesar de ser localizado no coração de Nova Iorque, haviam salas privativas para aqueles que desejassem ter conversar sigilosas

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O restaurante era sofisticado e discreto, apesar de ser localizado no coração de Nova Iorque, haviam salas privativas para aqueles que desejassem ter conversar sigilosas. Não que eu estivesse escondendo alguma coisa, não fui eu que escolhi o local para almoçar depois da negociação intensa com Cassie. A escolha tinha sido do advogado que destruiu meus sentimentos há alguns anos, Gabriel Armstrong.

Depois que Maxwell disse entusiasmado que iria aproveitar o dia para passar com Brianna, dei a ele o dia de folga mais do que merecido. Por mais que eu também quisesse passar aquele tempo com eles, não podia, tinha compromissos importantes com fornecedores à tarde. Gabriel informou que iria levar o acordo assinado até o juiz, então Max foi embora despreocupado, quase saltitando de felicidade pelos corredores da empresa.

— Que tal se pedirmos aquela salada italiana que você adorava? — Gabriel sugeriu com um meio sorriso. — Como era o nome mesmo? Panzanella?

— Não me lembro, já fazem cinco anos. — falei com desinteresse e não desviei o olhar do cardápio, procurando qualquer prato que nunca tivesse comido com ele.

Tinha aceitado seu convite para almoçar apenas para garantir que as informações que Cassie soltou na reunião não fossem se espalhar como a peste negra. Não adiantaria de nada ela devolver o contrato e os advogados darem com a língua nos dentes. Sendo assim, estive o resto da reunião pensando em uma forma de persuadir Gabriel a ignorar voluntariamente o meu segredo, mesmo que para isso eu tivesse que desembolsar mais alguns dólares.

A surpresa veio quando ele propôs o almoço em troca do seu silêncio, não queria dinheiro. Aceitei sem pestanejar, seria rápido, como tirar um curativo do machucado.

— Qual é, Vic?! Você tinha até uma pasta no celular de todas as vezes que comemos esse prato juntos.

— Não costumo reter informações que me trazem lembranças ruins.

— Mas não tem lembrança ruim. — ele deixou o copo de água sobre a mesa e se inclinou. Alcançou o meu cardápio e abaixou para me ver, lancei um olhar desinteressado mas a verdade era que eu estava sentindo meu coração bater muito forte, nervosa por encontrar o homem que me destruiu. — Comemos na Toscana, tenho certeza que se lembra. Te pedi em casamento lá.

— Ah sim, acho que consigo me recordar de algo parecido com isso. — sorri, mas nao tinha felicidade alguma em mim, só um gosto amargo na boca de decepção amorosa. — Aconteceu antes de você me trair e cancelar nosso casamento uma semana antes da cerimônia. Claro, lembranças maravilhosas, realmente. Como esquecer, não é mesmo?! — minha voz sarcástica o fez recuar, voltando a se encostar na cadeira.

— Vamos entrar nesse assunto sem comer nada primeiro?

— Por mim não precisamos entrar em assunto nenhum. — e era verdade, mal podia esperar para acabar logo com aquilo e ir embora. Peguei o sininho sobre a mesa e balancei, era o método adotado pelo restaurante para chamar o garçom. Achei muito ofensivo, mas levando em conta os gostos peculiar de Gabriel, por lugares excêntricos, nada me surpreendia mais. — Por favor, uma taça de vinho branco e um Spaghetti à Carbonara.

Victoria Calloway - A CEO E O SECRETÁRIO Onde histórias criam vida. Descubra agora