SINOPSE:
Victoria Calloway, tem 28 anos e uma ambição de dar medo. Está determinada a assumir o controle da Lumière, mas para isso terá que seguir a risca as regras do pai.
A primeira regra é casar.
Maxwell Beltran, seu assistente pessoal, deseja to...
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Cinco horas de vôo não foi o suficiente para eu organizar as ideias e pesar minhas opções na balança. A conversa com o Sr. Calloway revelou muito sobre onde eu estava me metendo, e a responsabilidade que vinha com o relacionamento com Victoria pesava como uma âncora nas minhas costas. Ela estava me usando para conseguir um cargo, sua ambição era bem mais sagaz do que eu imaginava.
Enquanto o jatinho particular da família Calloway deslizava pela pista, ao pousar, senti um nó se formar no meu estômago. Estava prestes a mergulhar de cabeça em um mundo que não conhecia completamente. O final de semana foi como um divisor de águas para mim, mostrando que eu teria que sair da minha zona de conforto se decidisse me casar.
Quando as portas do avião finalmente se abriram, deparei-me com Victoria parada diante de mim, seus olhos cheios de expectativa e sua postura tensa. Nem deu tempo de desafivelar o cinto quando ela perguntou:
— Então, Max, qual é a sua decisão? — sua voz demonstrava insegurança, mas a sua postura estava impecável como sempre. Uma mão na cintura e a alça da bolsa de couro pendia sobre o braço.
Engoli em seco, tentando encontrar as palavras certas para expressar o que estava passando pela minha mente. Era um momento crucial, e sabia que minha resposta definiria não só o curso da vida dela, mas a minha também. Poderia usar a influência de Victoria para enfrentar minha ex esposa.
Respirei fundo, reunindo toda a coragem que tinha, e finalmente respondi:
— Eu estou dentro. — disse com firmeza e ela deixou um sorriso surgir em seu lábios pintados de vermelho. — Mas eu vou dar as cartas.
— Como quiser. — deu de ombros. — Vou direto para a empresa, pode tirar o dia de folga com Brianna. Considere um sinal de trégua.
— Paz não combina com você. — alfinetei.
— Não mesmo. — ela colocou os óculos escuros e me deu as costas, saindo do avião.
Quando desci, vi o carro de Victoria ao longe e outro carro luxuoso estava com a porta aberta me esperando. Seguimos para Manhattan, logo atrás de Victoria, mas quando passamos pelo Central Park, ela continuou a rota a caminho da Lumière e eu parei em frente a um prédio chique.
Eu nunca tinha pisado no apartamento dela. Para falar a verdade, quando eu precisava entregar algum documento urgente para ela assinar nos fins de semanas, eu deixava com o porteiro, que já me conhecia por causa da constância que isso acontecia. Foi engraçada a reação dele quando perguntei onde ficava o apartamento e ele não tirava os olhos de Brianna, imagino que se perguntou se a criança era filha de Victoria.
Não foi uma surpresa saber que Victoria morava na cobertura, seu apartamento se expandia por dois andares completos.
— Seja bem vindo, Sr. Calloway. — uma senhora de meia idade me recebeu depois que o elevador abriu, direto no hall de entrada do apartamento. — Victoria me informou que chegaria.
