SINOPSE:
Victoria Calloway, tem 28 anos e uma ambição de dar medo. Está determinada a assumir o controle da Lumière, mas para isso terá que seguir a risca as regras do pai.
A primeira regra é casar.
Maxwell Beltran, seu assistente pessoal, deseja to...
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Quando Louis estacionou o SUV de Victoria em frente ao meu prédio, eu e Brianna já estávamos na calçada, com as malas preparadas. Depois do episódio constrangedor na noite anterior, eu me sentia extremamente envergonhado. Imagina só, pagar milhões para o seu funcionário acabar te ignorando, e dar golpe em uma prostituta.
Porém, a realidade foi bem diferente. Victoria Calloway acreditou em mim quando expliquei a situação? Provavelmente não. Mesmo que ela diga que não se importa, a conhecia há tempo o suficiente para ter certeza que lá no fundo, do peito siliconado dela, ficou uma faísca de desconfiança.
O lado bom da história, era que Jennie não seria mais um problema. Nem a van preta estacionada do outro lado da rua, que eu desconfiava há dias pertencer à algum detetive particular a mando de Cassie. Iria morar em uma cobertura em Manhattan, muito em breve.
Depois que Louis insistiu para que eu entrasse no carro, sem tentar ajudá-lo a colocar as malas no porta-malas, seguimos em direção à rodovia. Pensei que estaríamos indo direto para a casa de campo, no interior do estado, mas Louis fez uma curva inesperada, seguindo por uma estrada que eu desconhecia.
— Mudanças de plano? — indaguei, confuso.
— O plano continua o mesmo, senhor Beltran. — ele sorriu através do retrovisor. — Estamos indo para o aeroporto particular dos Calloway.
Aceitei, mas minha curiosidade criara vários destinos diferentes na minha cabeça. Eu sabia da existência do aeroporto, no não sabia que todo final de semana, Victoria passeava de jatinho.
Lá, parada na porta de um avião preto, que exibia um enorme diamante na lataria — símbolo da família Calloway, — estava Victoria, impecável como sempre. Vestia um conjunto de blazer e calça de alfaiataria preta, complementado por um lenço de seda estampado no pescoço e óculos de sol elegantes. Sua presença exalava poder e elegância.
Me senti, e não era a primeira vez, um tanto quanto atraído por ela. Mesmo depois de tudo o que ela me fez passar no último ano, não podia negar que as vezes, de uma maneira estranha e complicada, Victoria acendia um desejo súbito em meu corpo. Talvez fosse meu instinto masculino, querendo falar mais alto do que a minha razão. O importante era que, eu imediatamente o reprimia, forçando meu ódio por ela, aumentar cada vez mais por me fazer passar por isso. Balancei a cabeça, espantando o pensamento.
Enquanto Louis estacionava o SUV, observei Brianna ao meu lado, com seus grandes olhos castanhos brilhando de curiosidade e animação. Ela estava inquieta, com o rosto grudado no vidro da janela. Confesso que também estava impressionado com todo o luxo à nossa volta.
Ao descermos do carro, Brianna agarrou minha mão com entusiasmo, mal conseguindo conter sua empolgação.
— Papai, olha só! Um avião! — ela exclamou, apontando para o jatinho enquanto subíamos as escadas.
