Prontas para mais um episódio da Grande Família? Kkkkkk
— Animada para visitar a galeria de espelhos? Porque eu estou. Uma moça me deu um folheto e tem bastante coisa para fazer aqui, para olhar na verdade. Para olhar tem muita coisa.
— Nós precisamos conversar. — falei, sem conseguir encarar seus olhos.
Optei por me concentrar na bandeja de café da manhã que Max trouxe para mim, recheada de frutas, iogurte, granolas e suco. Aparentemente, estava tentando cuidar da minha alimentação, já que se dependesse de mim, devoraria meio quilo de batatas fritas lambuzadas com chocolate, raspas de limão siciliano e quem sabe, ketchup.
Deus... O que está havendo comigo?
— Eu sei, eu sei. — ele diz terminando de colocar seus sapato, sentado na poltrona de frente da cama. — Você prefere encher seu estômago com algo mais gorduroso e de qualidade duvidosa. Deixa eu adivinhar... — sorriu e eu respirei fundo, sabendo que logo mais ele desapareceria de seu rosto. — Algum desejo estranho que me obrigaria a sair correndo para a cidade e só tivesse autorização de voltar quando eu conseguisse?
Eu teria que ser mais direta se quisesse que ele me entendesse. Mas era difícil encontrar palavras para desfazer todo o mal entendido. E se achasse que eu estava escondendo aquilo de propósito? Que omiti a verdade porque tinha feito alguma coisa de errado?
Não seria fácil, mas eu estava determinada a só sair deste quarto quando colocasse um ponto final definitivo naquela história.
— Não é sobre isso que eu quero falar com você. — peguei nos punhos de ouro que enfeitavam a bandeja e a deixei na mesinha ao lado da nossa casa. — É um assunto mais sério que isso.
— Certo, agora você está me assuntando. — ele parou de amarrar os cadarços, soltando-os quando endireitou a postura. — É sobre o seu irmão? Alguém veio falar com você enquanto fui pegar seu café?
— Não é sobre Lucca. É sobre nós dois. — Remexi os ombros e limpei a garganta, não queria que minha voz soasse insegura a ponto dele criar uma desconfiança. — Por favor Max, tenta me ouvir sem tirar conclusões precipitadas, tá bom? Eu prometo que vou responder todas as perguntas que você tiver para me fazer.
— Tudo bem... — franziu o cenho, as rugas se formando no canto dos olhos.
— Eu conheço sim Gabriel, há muitos anos, vinte anos, para ser mais precisa. Nossas famílias sempre foram próximas, os pais dele foram, até pouco tempo atrás, advogados da Lumière e são muito amigos dos meus pais. — pausei, esperando ele absorver a informação.
— Não vejo problema nisso. Quer dizer, por que você omitiu isso de mim? — balançou a cabeça, tentando entender. — Era só ter me dito, não sou um louco ciumento e obsessivo só porque meu advogado é seu amigo de infância.
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Victoria Calloway - A CEO E O SECRETÁRIO
RomanceSINOPSE: Victoria Calloway, tem 28 anos e uma ambição de dar medo. Está determinada a assumir o controle da Lumière, mas para isso terá que seguir a risca as regras do pai. A primeira regra é casar. Maxwell Beltran, seu assistente pessoal, deseja to...