Capítulo 42

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Prontas para mais um episódio da Grande Família? Kkkkkk

— Animada para visitar a galeria de espelhos? Porque eu estou

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— Animada para visitar a galeria de espelhos? Porque eu estou. Uma moça me deu um folheto e tem bastante coisa para fazer aqui, para olhar na verdade. Para olhar tem muita coisa.

— Nós precisamos conversar. — falei, sem conseguir encarar seus olhos.

Optei por me concentrar na bandeja de café da manhã que Max trouxe para mim, recheada de frutas, iogurte, granolas e suco. Aparentemente, estava tentando cuidar da minha alimentação, já que se dependesse de mim, devoraria meio quilo de batatas fritas lambuzadas com chocolate, raspas de limão siciliano e quem sabe, ketchup.

Deus... O que está havendo comigo?

Eu sei, eu sei. — ele diz terminando de colocar seus sapato, sentado na poltrona de frente da cama. — Você prefere encher seu estômago com algo mais gorduroso e de qualidade duvidosa. Deixa eu adivinhar... — sorriu e eu respirei fundo, sabendo que logo mais ele desapareceria de seu rosto. — Algum desejo estranho que me obrigaria a sair correndo para a cidade e só tivesse autorização de voltar quando eu conseguisse?

Eu teria que ser mais direta se quisesse que ele me entendesse. Mas era difícil encontrar palavras para desfazer todo o mal entendido. E se achasse que eu estava escondendo aquilo de propósito? Que omiti a verdade porque tinha feito alguma coisa de errado?

Não seria fácil, mas eu estava determinada a só sair deste quarto quando colocasse um ponto final definitivo naquela história.

— Não é sobre isso que eu quero falar com você. — peguei nos punhos de ouro que enfeitavam a bandeja e a deixei na mesinha ao lado da nossa casa. — É um assunto mais sério que isso.

— Certo, agora você está me assuntando. — ele parou de amarrar os cadarços, soltando-os quando endireitou a postura. — É sobre o seu irmão? Alguém veio falar com você enquanto fui pegar seu café?

— Não é sobre Lucca. É sobre nós dois. — Remexi os ombros e limpei a garganta, não queria que minha voz soasse insegura a ponto dele criar uma desconfiança. — Por favor Max, tenta me ouvir sem tirar conclusões precipitadas, tá bom? Eu prometo que vou responder todas as perguntas que você tiver para me fazer.

— Tudo bem... — franziu o cenho, as rugas se formando no canto dos olhos.

— Eu conheço sim Gabriel, há muitos anos, vinte anos, para ser mais precisa. Nossas famílias sempre foram próximas, os pais dele foram, até pouco tempo atrás, advogados da Lumière e são muito amigos dos meus pais. — pausei, esperando ele absorver a informação.

— Não vejo problema nisso. Quer dizer, por que você omitiu isso de mim? — balançou a cabeça, tentando entender. — Era só ter me dito, não sou um louco ciumento e obsessivo só porque meu advogado é seu amigo de infância.

Victoria Calloway - A CEO E O SECRETÁRIO Onde histórias criam vida. Descubra agora