SINOPSE:
Victoria Calloway, tem 28 anos e uma ambição de dar medo. Está determinada a assumir o controle da Lumière, mas para isso terá que seguir a risca as regras do pai.
A primeira regra é casar.
Maxwell Beltran, seu assistente pessoal, deseja to...
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"Boa tarde, senhores passageiros. Aqui quem fala é o Capitão R. Anders, comandante do voo boeing business jet 777x da família Calloway. Deixamos Nova Iorque há cerca de uma hora, e agora, se puderem olhar pela janela, irão perceber que estamos cruzando os céus do Oceano Atlântico em rota para a magnífica França. O tempo restante de voo até nosso destino, a esplêndida Versalhes, é de aproximadamente cinco horas. Estejam certos de que faremos todo o possível para garantir uma viagem confortável e tranquila para todos os estimados membros da família. Agradeço sua atenção e desejo um vôo agradável."
Assim que o capitão encerrou a transmissão de voz, o sinal verde para desafivelar o cinto piscou acima do telão de frente para as nossas poltronas luxuosas de couro, indicando que já era seguro se movimentar livremente pelo avião. Quem adorou a notícia foi Brianna, estava se coçando para se divertir com os filhos de Patrick na sala de brinquedos desde a decolagem.
— Sem correr, tá bom? — segurei sua mão antes que ela pulasse da poltrona, olhando diretamente nos seus olhos. — Tem que ser uma boa menina nessa viagem.
— Eu sempre sou, papai.
— Sim, é verdade. — sorri, beijando sua testa. — Mas continue sendo.
— Tome conta dela, por favor. Qualquer coisa nos avise. — Victoria abaixou o livro que estava lendo e pediu para uma das inúmeras comissárias de bordo com educação.
A comissária parecia ser bem jovem, não daria mais do que vinte e quatro anos. Vestida com o uniforme social impecável de branco, um lenço de seda amarrado ao pescoço, mantinha um coque baixo, logo atrás da orelha esquerda, onde exibia belos pares de diamantes. Com certeza ela ganhava melhor do que eu já ganhei na vida, para ter condições de comprar aqueles brincos.
— Pode deixar, senhora, iremos nos divertir muito juntas. — a moça loira, sorriu, mostrando seus dentes perfeitamente alinhados e brancos. — Vamos, querida?
Ofereceu a mão para Brianna, que a segurou um pouco desconfiada pela atenção da estranha, mas admirando cada detalhe dela com os olhos brilhando. Observei minha filha sumir pelo longo corredor, sem fazer ideia onde ficava a tal sala de brinquedos no meio desse avião gigantesco.
A aeronave era um grande exagero na minha opinião, sendo quase dez vezes maior do que o jatinho particular de Victoria, que usamos ao visitar sua família em Capa Valley. Não fazia ideia que existiam aviões tão grandes quanto mansões, esse era o ápice do luxo, duvidava com veemência que pudesse me surpreender mais com a fortuna da família depois desse vôo.
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