Capítulo 14

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Boa leitura ❤️

A conversa com Victoria ainda repercutia na minha cabeça

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A conversa com Victoria ainda repercutia na minha cabeça. Sua realidade era, de longe, muito diferente da minha. Gastar tantos milhões de dólares para melhorar a imagem pública, com um relacionamento falso, parecia um motivo banal na minha concepção. Não sou uma pessoa invejosa, nem pretendia me tornar um milionário até uma semana atrás, todavia, não conseguia ignorar o pensamento que insistia em me deixar alerta:

Vinte milhões é troco de manobrista para os Calloway. Mas se ela não recuou na negociação por orgulho, tem algo que está escondendo por não querer perder — sendo bem específico aqui — os meus serviços.

Eu tinha noção que sua família era bem sucedida e poderosa. Porém, foi apenas quando o primeiro depósito caiu na minha conta bancária, que a ficha realmente caiu.

Olhei mais uma vez para a tela do caixa eletrônico, incrédulo. A mulher ainda não tinha me chamado para dar início a farsa do noivado, mas lá estava, um número que seria capaz de pagar duas vezes, em poucos minutos, a hipoteca que eu passaria trinta e cinco anos para quitar.

Eu ainda não tinha comprado um celular novo, ou teria ligado para ela naquele mesmo instante. Tirei a carteira do bolso da calça, encarando o objeto velho nas mãos. Me livraria dela agora mesmo, não suportava mais relembrar o momento feliz do dia que recebi esse presente de Cassie. Procurei meu cartão entre os poucos que eu tinha, sem muita dificuldade, já que ela sempre andava vazia.

Saquei dinheiro o suficiente para resolver boa parte da minha vida, hoje seria o dia ideal para colocar ordem nas finanças. Entrei na primeira loja do shopping, segurando a mão de Brianna, que olhava admirada para as vitrines iluminadas.

Não era um lugar que costumávamos a frequentar, só de imaginar minha filha se encantando por algum brinquedo que eu era incapaz de comprar partia meu coração. Então, nossos passeios se resumiam em praças, parques, sorveteria e no máximo, quando sobrava algum dinheiro no fim do vez, um circos ou aquário. O importe era que ela era feliz apesar da nossa realidade difícil, me esforçava ao máximo para não deixar meus problemas afetarem a fase tão preciosa que era a infância.

— Boa tarde, senhor. — uma loira alta e magérrima se aproxima assim que entro na loja sofisticada. — Posso ajudá-lo com alguma coisa?

Ela me olha de cima a baixo rapidamente, mas foi tempo o suficiente para eu entender que não estava vestido como a maioria dos clientes que frequentavam o local. Aquilo não me afetou, nunca fui uma pessoa que se ofendia com facilidade então retribui com um sorriso singelo.

— Boa tarde, gostaria de comprar uma carteira. Poderia me mostrar alguns modelos? — perguntei.

— Bem, essa loja não possui valores muito acessíveis. — sorriu enquanto falava. — Mas se me permitir, posso te indicar uma do outro lado do shopping que também tem acessórios masculinos. O preço é ótimo.

Victoria Calloway - A CEO E O SECRETÁRIO Onde histórias criam vida. Descubra agora