Capítulo 3

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Abri a porta do meu escritório com um suspiro exasperado, pronta para começar o dia com a reunião mais importante da minha carreira e tomar decisões cruciais

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Abri a porta do meu escritório com um suspiro exasperado, pronta para começar o dia com a reunião mais importante da minha carreira e tomar decisões cruciais. Porém, meu humor instantaneamente azedou quando Maxwell entrou, todo encharcado pela chuva e segurando meu café.

Ele estava uma hora atrasado, e eu não tinha tempo para desculpas.

- Finalmente decidiu aparecer. - minha voz saiu áspera, recebi a bebida de suas mãos molhadas, a frustração borbulhava dentro de mim. - Estamos atrasados para a reunião com meu pai e você vem com esse seu comportamento inaceitável e esse café frio? - cuspi a bebida no tapete da minha sala. - Pensei que pudesse contar com você, mas parece que me enganei, senhor Beltran. - joguei a bebida na lixeira e o fuzilei com o olhar. - E por gentileza, - levantei a palma da mão - Me poupe de qualquer desculpa esfarrapada que tenha planejado.

Sua expressão era de derrota, um misto de raiva e impaciência se misturou em meu peito. Como ele poderia ser tão descuidado em um momento tão crucial? Havia avisado com bastante antecedência sobre como hoje era importante.

Esse cargo não pagava pouco e eu precisava de confiabilidade e eficiência, não de erros bobos e um secretário pessoal todo molhado e amassado.

Ele era minha sombra na empresa, uma extensão da minha própria imagem pessoal e tinha a ousadia de pisar nesse escritório parecendo um sem teto.

Maxwell baixou os olhos, envergonhado, enquanto se desculpava rapidamente.

- Sinto muito, Victoria. Houve um problema no metrô e eu não consegui chegar a tempo para pegar o café fresco. Prometo compensar de alguma forma, eu não vou deixar isso.

- Chega. - o interrompi, dei a volta na minha mesa e peguei minha bolsa. - Você! - apontei o dedo no seu rosto, possuída de toda a autoridade concebida ao meu cargo de COO. - Demitido.

Minha irritação não diminuiu, mas respirei fundo para controlá-la. Não podia me dar ao luxo de perder a compostura agora, não quando estava prestes a enfrentar meu pai e meus irmãos em uma das reuniões mais importantes da minha vida.

Maxwell ergueu o olhar, atônito, enquanto minhas palavras caíam sobre ele como uma sentença. Senti o peso da decisão, mas não havia espaço para incompetentes ao meu lado.

Minha reputação estava em jogo, assim como a credibilidade da empresa diante do meu pai e dos meus irmãos. Não podia permitir deslizes, o futuro da Lumière dependia da minha liderança inabalável.

Seu semblante refletia uma mistura de incredulidade e resignação, como se ele já estivesse preparado para esse desfecho inevitável. É claro que estava, minha fama era conhecida em todo o mundo corporativo, não admitia falhas, nada além da perfeição.

Uma parte de mim se compadeceu da situação dele, já tinha trinta anos e esse era seu primeiro emprego após se formar na faculdade, mas eu não podia permitir que a compaixão enfraquecesse minha decisão.

Victoria Calloway - A CEO E O SECRETÁRIO Onde histórias criam vida. Descubra agora