48º Capitulo

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O meu corpo parece estar colado ao do Harry enquanto o braço deste está à volta dos meus ombros e o seu dedo indicador faz círculos no meu braço. A minha cabeça descansa contra o seu peito e nunca na minha vida pensei que ouvir o som bater do coração de alguém pudesse sertão relaxante.

Cada vez que ouço uma batida do seu coração é uma prova que ele está aqui, bem vivo ao pé de mim. Mas num segundo isto pode acabar, apenas de um momento para o outro tal como foi com a Zoe, num momento eu estava a fazer planos para fazermos juntas no dia seguinte e no outro estava no seu funeral a olhar para o seu corpo morto, vazio, com todas as memórias e pensamentos perdidos, sem conseguir ouvir o bater do seu coração, sem conseguir ver o brilho dos seus olhos. A sua morte trouxe-me o medo de voltar a perder alguém importante para mim e sem dúvida que ninguém merece sentir a dor da perda, nem desejava isso ao meu pior inimigo.

Toda está confusão de avariarem os travões do carro do Harry o homem armado que entrou dentro de minha casa, isso só me mostra que à alguém lá fora destas quatro paredes é capaz de tirar a vida um de nós. Neste momento se pudesse desejar alguma coisa seria: ficar aqui para sempre a ouvir o som do bater do coração do Harry.

"Rose?" Harry chama-me.

"Sim?"

"Estás muito calada. Estas a pensar no quê?" Ele pergunta e sinto o seu dedo a parar de fazer círculos no meu braço.

"Estou a pensar que... não quero que morras" disse com o máximo de sinceridade na minha voz.

"Porquê que eu haveria de morrer?" Ele pergunta e podia sentir vulnerabilidade a invadir a sua voz.

"Não sei, anda um louco qualquer lá fora que já provou que não tem medo de matar" digo e alevanto a minha cabeça e olho para os olhos verdes do Harry.

"Bem, eu não vou deixar que ele me mate, nem que te mate a ti" um pequeno sorriso aparece nos seus lábios.

"Prometes?" Sinto também um sorriso a crescer na minha face e Harry assente com a cabeça.

"A minha mãe costumava dizer-me que as promessas são feitas em voz alta, porque se não, não são promessa" digo e automaticamente o Harry diz:

"Prometo. Prometo que não vou deixar que nos aconteça nada"

Como é que ele pode conter tanta confiança na sua voz enquanto promete uma coisa completamente incerta sobre o futuro?

Como é que eu posso fazê-lo prometer algo tão incerto?

"Anda" Harry diz e eu sento-me na cama puxando o lençol branco para tapar o meu peito enquanto o Harry se alevanta da cama sem ter nenhum problema com a sua nudez. Ele estica a sua mão e eu não êxito em aguara-la e deixar-me ser puxada para forma da cama ficando com o corpo completamente exposto.

Os dedos do Harry entrelaçam-se com os meus e ele caminha para fora do quarto sem me largar a mão até que por fim entramos para dentro da casa de banho e os nossos dedos desentrelaçam-se.

Harry anda até há banheira e afasta a cortina transparente, entra lá para dentro e depois olha para mim.

"Não vens?" Ele pergunta com um sorriso nos lábios e sinto o meu coração a bater mil vezes mais depressa enquanto caminho até à banheira com os braços cruzados sobre o peito meio envergonhada pela minha falta de roupa.

Assim que entro na banheira as mãos do Harry agarram os meus dois braços e lentamente fazem nos descer expondo o meu peito.

"Não quero que tenhas vergonha de mim" ele admite e no gesto repentino fecha a cortina da banheira.

Always | H.S |Onde histórias criam vida. Descubra agora