53º Capitulo

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As mãos do Harry param nas minhas ancas e deixam-se ficar apenas lá pousadas, a minha cabeça descai até parar em cima do seu ombro e o som das nossas respirações controla o silêncio que se instalou dento desta casa.

Assim que sinto a minha barriga roncar logo alevanto a minha a minha cabeça e olho para os olhos verdes do Harry.

"Achas que à qualquer coisa para comer?" Pergunto e este logo encolhe os ombros. Respiro fundo e alevanto-me do colo do Harry e caminho até à cozinha, as minhas mãos rastejam pelas parede até encontrar um interruptor que logo ilumina a divisão.

Uma pequena mesa rectangular situa-se no centro da cozinha, uma fila de balcões igualmente castanhos como a mesa com um fogão ente eles e um frigorífico na ponta.

Abro a porta do frigorífico e a única coisa que me sala à vista são três cervejas, fecho a porta e bufo. Porque haveria de ter o Niall comida no frigorífico se ele não costuma frequentar esta casa?

Assim que, de repente, sinto um toque no meu ombro e sobressalto meio assustada vejo o corpo do Harry atrás de mim. O seu olhar entra no frigorífico vazio com exceção das três cervejas e depois olha para mim.

"Acho que não te apetece cervejas"

Abro um dos armários que está igualmente vazio. Okay não há nada para comer nesta casa.

"Está tudo vazio" digo e encosto-me ao balcão.

"Eu vou ver se há alguma loja aberta e tu ficas aqui e vais ver o resto da casa e talvez arrumar as malas?" Ele faz um sorriso ao qual eu correspondo.

"Okay, tu vais buscar comida e eu arrumo as malas" assim que acabo a frase, Harry roda os seus calcanhares e anda em direção à porta até depois de ouvir o som desta a fechar-se e um silêncio pesado invade a casa.

Respiro fundo e bato as mãos uma contra a outra.

"Vamos lá ver esta casa" disse para mim mesma e começo a andar em direção à porta onde eu e Harry deixamos as nossas malas caídas no chão.

Meto cada uma das malas em cada ombro e devagar, por causa do peso das malas nas minhas costas, começo a subir as escadas de madeira. Assim que chego ao último degrau vejo um pequeno corredor com apenas uma porta.

"Só há um quarto" falo para mim mesma e do por mim a questionar porquê que estou a falar em voz alta.

Rodo a maçaneta e persigo pelo chão de madeira e carrego no interruptor dando luminosidade ao quarto. Uma grande cama está no meio do quarto com um edredom bege um pouco amarrotado por cima, uma cómoda de uma madeira demasiado escura está encostada à parede com um espelho por cima e um roupeiro está encostado à parede de frente para a cama.

Não posso dizer e é um quatro bonito, porque não é, mas também serve perfeitamente para dormir duas noites.

Deixo as malas em cima da cama e sento-me lá, abro primeiro a minha mala e retiro as minhas peças de roupa para não ficarem amarrotadas, meto as camisolas dobradas na cómoda, penduro as calças no roupeiro, deixo ficar todas as outras coisas dentro da mala e empurro a minha mala para longe e aproximo a mala do Harry.

Sinto-me como se fosse coscuvilhar as coisas dele e não sei porque mas sinto uma sensação estranha no estômago por ir ver as coisas que ele trouxe.

Abro o fecho e a primeira coisa que vejo é uma simples camisa preta, penduro-a no roupeiro, dois pares de calças igualmente pretas são a próxima coisa que vejo. Mas porquê que ele compra calças iguais?

Penduro as calças no roupeiro e arrumo uma camisola simples branca na cómoda. Deixo o meu corpo cair novamente na cama e volto a remexer na mala do Harry, será que ele quer que eu lhe tire os bóxeres da mala? É melhor os deixar ficar. Riu-me quando imagino o Harry a abrir a porta e a ver-me com os seus bóxeres nas minhas mãos, seria bastante constrangedor. 

Always | H.S |Onde histórias criam vida. Descubra agora