Se eu alguma vez pudesse reescrever a minha história e da Rose só queria passar uma borracha por cima de cada erro, riscar todo o sofrimento e pintar a marcador cada momento feliz.
Certamente que iria apagar muito bem o momento em que comprei o maldito bilhete de avião e a maldita hora que embarquei deixado a pequena rapariga morena fora da minha proteção. Maldito dia! Maldita hora!
Aperto os meus punhos com força numa tentativa de aliviar a minha raiva. O som do homem a ressonar ao meu lado não ajuda nem um pouco e só tenho vontade do atirar para fora do avião.
Fodasse. Fodasse. Fodasse.
Respiro fundo e desbloqueio o telemóvel, os meus olhos caem na mensagem que me foi enviada antes de ter conseguido falar com a Rose. A imagem dos seus olhos fechados com as mãos à frente da sua cara, ela parece tão descansada enquanto estava deitada no longo sofá branco, parece um anjo. O meu anjo. Só de pensar no bastardo que lhe tirou esta fotografia enquanto estava ela estava no seu estado inconsciente apenas para mandar a imagem para mim com a descrição: Parece que quem comanda o jogo agora sou eu. E depois veio o telefonema, uma voz que eu jurava já ter ouvido em algum lado falou, não reconheci, nem sequer faço a mínima ideia de quem seja, mas assim que ele disse que tinha a minha pequena Rose inconsciente no seu sofá depositei-lhe todo o meu ódio.
Olhei para os outros passageiros e tinha vontade de mata-los a todos apenas para se calarem. A minha namorada está nas mãos de um psicopata enquanto eu estou trancado dentro deste enorme pássaro de metal, acho que o mínimo que eu posso pedir é um pouco de silêncio.
Alevanto-me do meu lugar e caminho por entre os bancos, paro à frente da hospedeira baixa e fato azul que olha para mim com os olhos demasiado abertos.
É só uma cara bonita vê lá se te controlas. Penso para mim mesmo e por um milésimo de segundo tenho vontade de lho dizer.
"Quando tempo falta para a o avião aterrar?" Pergunto e quando a suas sobrancelhas se elevam sinto-me mal por ter suado tão rude, mas definitivamente este não é de todo o meu maior problema neste momento. A única pessoa com quem eu tenho de preocupar é com a minha Rose que está nas mãos de um assassino.
"Falta uma hora e meia" ela dá um sorriso mas mal tenho tempo para o ver, viro-lhe as costa dirigindo-me para a casa de banho fechando-me lá dentro.
As minhas mãos apoiam-se sobre o lavatório a minha cabeça cai para baixo. Sinto-me no chão, completamente arrasado e inútil.
O meu punho bate contra o lavatório num tentativa em vão de acabar com a raiva que sinto.
Se não a tivesse deixado...
A culpa é minha, se eu nunca tivesse permitido que os meus sentimentos por aquela rapariga bonita evoluíssem ela não estaria agora nesta situação. Nas mãos de um anormal enquanto eu estou preso na merda de um avião.
Sinto-me como se tivesse uma tesoura por dentro do meu corpo a cortar cada uma das minhas fibras. O meu coração está acelerado e cada vez que a imagem da Rose a dormir naquele sofá reaparece na minha mente sinto-me como se fosse explodir.
Retiro o telemóvel do meu bolso, retiro o modo de avião e marco o número do Louis, apesar da minha confiança por aquele rapaz estar por um fio neste momento vou ter de jogar com todas as cartas que tenho. Ao segundo toque ele atende.
"Louis preciso da tua ajuda" digo automaticamente.
"Olá Harry, sim está tudo bem visto que a ultima vez que me viste tinhas cara de quem me ia partir os dentes-" interrompo-o antes que ele continue com as suas merdas.
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Always | H.S |
Fiksi Penggemar"De todos os sentimentos, o amor é o que nos mais faz sofrer" -Harry Styles