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77º Capitulo

                  

Leiam a nota de autora por favor. Boa leitura :)

Assim que me encontrava à frente da porta com a chave que o Harry me deu nos meus dedos, foi logo posta dentro da fechadura, rodei-a até a porta abrir. Entrei na casa do Ryan e os meus olhos olham para todos os cantos da casa, o meu coração batia fortemente no meu peito e sentia-me que fosse explodir como uma bomba nuclear.

Um arrepio percorre todo o meu corpo, com a mesma velocidade que as memorias invadem os meus pensamentos.

A memória da noite em que a Zoe morreu está a passar vezes sem conta pela minha cabeça o sangue outrora estava na carpete, que reparei, enquanto olhava pela porta aberta na qual a polícia entrava e saia, já não está na carpete nem está aqui nenhuma carpete. Finalmente, começo a andar e abro todas as portas que vejo e apenas a última do corredor é que é um quarto, faço o que o Harry me tinha dito e abro a segunda gaveta da cómoda e retirei de lá o portátil, olhei em redor e vi uma mala, aguarei nela e meti o portátil lá dentro.

Rapidamente, corri para fora do quarto e para fora da casa o mais rápido que pode. Desajeitadamente tranquei a porta e dei passos apresados até ao carro do Harry e antes de entrar no carro levei a manga da camisola até aos meus olhos enxugando todas as minhas lágrimas.

Outro arrepio percorre o meu corpo, viro a minha cabeça deixando de ver a paisagem através da janela do carro para observar o Harry a conduzir com a intenção disso me poder distrair de todos os meus pensamentos sobre o dia em que fui buscar o portátil a casa do Ryan.

"Porquê que precisas-te do portátil do Ryan?" A cabeça do Harry vira-se e os seus olhar cruza-se com o meu por uns segundos antes dele voltar a repor a sua atenção na estrada.

"Precisava de ver se ele tinha lá algum documento sobre onde pudesse ter guardado o dinheiro" ele responde a uma das primeiras questões que quase me deu vontade de arrancar os meus próprios cabelos.

Sempre quis saber o porquê dele ter precisado do portátil do Ryan mas nunca tinha chegado a fazer essa pergunta. Bem, eu até a fiz só que na altura em que a fiz o Harry ainda tinha o gosto de deixar-me na ignorância.

"Porquê que me pediste para o ir buscar, sendo bem que podias ter ido tu?" Questiono-o de novo e passado uns segundos que parecem minutos, ele responde.

"Tinha a certeza que estava a ser seguido nessa altura, via demasiadas vezes o mesmo carro atrás do meu, ou a parar no sítio onde eu parava. Achei que enquanto tu estivesses em casa do Ryan, o perseguidor pensasse que tivesse sido eu a ir e conseguisse ver ao menos a sua cara"

"Conseguiste ver quem era?" Pergunto automaticamente sentindo as minhas costas a desencostarem-se do banco por causa da emoção que percorre o meu corpo neste momento.

"Não, só consegui ver o carro" Harry encolhe os ombros e vejo a forma de como ele franze as suas sobrancelhas como se estivesse a pensar ou a lembrar-se de algo importante.

"Porquê que nunca me contas-te isto?" Pergunto e quando olho em frente, começo a reconhecer a rua onde estou.

Depois de me ter tentado acalmar o turbilhão de sentimentos pesados que invadiam o meu corpo, a minha mãe e eu fomos ter com a Lanie e o Billy à casa do Ryan, onde ambos tinham sido assassinados, nunca tinha estado dentro daquela casa, apenas olhei lá para dentro, a partir da porta deixada aberta. Estava lá, policia, ambulância, e alguns jornalistas, todos eles sem fazerem da mínima do sentimento que eu carregava comigo neste momento.

"Não achei que fosse importante, Rose. Nunca cheguei a ver quem era sequer" a voz do Harry chama-me de volta à vida.

Harry estaciona o carro e já consigo ver a casa do Ryan a partir daqui, tal como consigo sentir o meu coração a apertar.