16º Capitulo

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Os meus pais já tinham saído de casa há uns vinte minutos para irem ao tal jantar com os meus tios, e pelo que eles me disseram chegavam tarde a casa. O meu corpo que estava enrolado num cobertor cor-de-rosa mas mesmo assim parecia nunca mais aquecer, este inverno é sem duvida nenhum um dos mais frios que já passei.

O meu olhar estava completamente vidrado na televisão enquanto via o incrível e infantil filme dos Smurf, tenho de admitir que só louca por estes filmes de desenhos animados, sei que tenho dezanove anos, mas este filme é sem duvida uns dos melhores filmes de animação de todos os tempos, adoro ver estes seres azuis a andarem de um lado para o outro a dançar e a cantar.

"Merda" Digo assim que a televisão sem nenhum motivo aparente se apaga. Bufo e agarro no comando da televisão tentando liga-la novamente, mas para minha tristeza, não resultou. Por favor não me digam que a televisão se estragou assim de repente. É impossível, ela estava boa!

Alevanto-me da cama deixando o cobertor para trás, sentindo logo o frio a invadir o meu corpo, caminho até à televisão e olho para ela enquanto penso no que é possível eu fazer para que ela possa voltar a funcionar.

Porra mas porque que eu não entendo nada de televisões?

Quando vou para carregar no botão da televisão, sou parada por todas as luzes do meu quarto se apagaram instantaneamente. Isto é estranho.

Respiro fundo e tento não pensar que alguma coisa de mal vai acontecer, mas infelizmente sinto o meu corpo todo a tremer de medo.

Isto é apenas um a pagão, Rosie, a luz já vai voltar. Repito para mim mesma, vezes e vezes sem conta.

Sento-me sobre a minha cama deixando que a fraca luz da lua ilumine o meu quarto através da janela. E espero que a luz volte.

Os meus olhos não param num único ponto certo, como se tivesse com medo que alguma coisa de anormal possa vir a acontecer. Ouço os meus batimentos cardíacos, sinto que o meu coração vai-me saltar do peito. Mas nem percebo porque que estou com medo, isto é apenas um a pagão, certo?

Levo a minha mão à boca, assim que ouço o som de um pequeno ruído. Respiro fundo e sinto que sou incapaz de mexer qualquer músculo do meu corpo, assim que a porta do meu quarto se abre repentinamente.

Neste momento apenas é possível ouvir-se o som da minha respiração acelerada. Quero correr daqui para fora, o meu corpo treme de medo como nunca antes tremeu, apenas por saber que daqui a uns possíveis segundo vou descobrir o que ou quem é que abriu a porta do meu quarto e fez um pequeno ruído.

Devagar levo a minha mão até ao meu telemóvel, sinto completamente que o tempo nunca antes em tempo algum passou tão devagar. Assim que desbloqueio o telemóvel a luz que provinha do mesmo ilumina o meu quarto e, pela porta começo a ver uma figura toda vestida de preto com uma mascara de esqui a cobrir-lhe a cara igualmente preta como a roupa.

Levo a minha mão à boca para não gritar, sinto lágrimas a escorrerem pela minha cara, enquanto que o meu corpo mesmo parecendo impossível, é incapaz de se mover, sinto-me completamente paralisada. Todos os músculos, órgãos, células do meu corpo congelaram neste momento.

"Larga o telemóvel" Disse a figura assustadora que continuava em frente à porta do meu quarto.

Sem sequer pensar duas vezes larguei o meu telemóvel deixando que este caísse para o chão.

Sinto que este são os meus últimos minutos de vida, sinto que vou morrer, sinto que vai ser tortuoso.

O ar começa a ficar cada vez mais escasso quando a figura obscura começa a dar passos na minha direção o que me permite reparar na arma que ele segura na mão.

Always | H.S |Onde histórias criam vida. Descubra agora