32º Capitulo

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O dia contínua frio e desagradável porém quando acordei e vi como estava o tempo pela janela do quarto do Harry estava muito pior. Nuvens cinzentas e outras brancas cobrem partes do céu enquanto consigo também ver o azul bonito por debaixo delas, talvez há tarde quando for com o Oliver ao jardim Zoológico o tempo já esteja melhor.

Harry conduzia calmamente, os seus ombros estavam relaxados e ele parecia bastante calmo mas ao mesmo tempo bastante pensativo, como sempre parece.

A estrada não era preenchida por muitos carros, estamos praticamente sozinhos, talvez por Harry não ter feito o caminho habitual que faz quando vêm para minha casa, ele hoje disse que ia por outras bandas porque não estava com paciência para o trânsito de um sábado de manha.

Todas as casas que apareciam há nossa vista tinta demasiada tinta lascada, eram pequenas e algumas parecem desabitadas, as ruas são feias e sem cor algumas pessoas andam pelo passeio mas são poucas. Pergunto-me como é que o Harry conhece estes sítios.

Lembro-me de quando ele me pediu para eu entrar num edifício abandonado onde iria encontrar um homem que me entregou uma pen. O sitio era como este, senão pior, mas era abandonado e bastante feio. Não entendo o porquê de existirem sequer sítios assim, deve ser horrível acordar de manha olhar pela janela e ver está rua onde o passeio tem montes de pedras soltas, lixo pelo chão casas feias e desabitadas. Tenho sorte de viver no sítio onde vivo cheio de vida.

De repente, Harry roda o volante para o meu lado, vou contra a porta e olho para ele confusa. Ele não diz nada, os seus olhos estão arregalados e o carro não pára de andar, vamos mais depressa do que antes, mais do que se devia andar nestas ruas estreitas.

"Merda!" Harry grita e bate com uma mão no volante e depois parece aguara-lo com mais força do que nunca.

Mas que raio é que está a acontecer?! Se ele continuar a conduzir assim vamos ter um acidente!

Os seus nós dos dedos estão brancos graças há força que ele está a exercer contra o volante, a sua respiração é audível e está descontrolada os seus olhos estão fixos na estrada e percebo que nunca tinha visto o Harry tão aflito e vê-lo aflito deixa-me bastante aflita também.

"Trava o carro!" Grito assim que parece que vamos contra um carro que vinha no sentido contrário ao nosso.

Fecho os olhos com força e um guincho assustado sai dos meus lábios, espero que o carro do Harry colida contra o outro mas apenas ouço uma buzinadela do outro carro e quando abro os olhos apenas vejo o condutor a alevantar o dedo do meio na nossa direção.

"Merda. Merda. Merda. Não tenho travões! Foda-se os travões não funcionam!" Harry e grita todo o meu corpo enche-se de uma enorme aflição.

Sinto o meu peito a apertar e encosto-me o mais que consigo ao banco, contenho a respiração não sei porquê e espero que alguma coisa aconteça. O carro vai em zing zangs até que por fim começa novamente a andar a direito, mas vai demasiado depressa, demasiado para estás ruas. O tempo parece demorar mais tempo a passar do que nunca, sinto uma sensação de adrenalina a vir do fundo da minha barriga e agarro-me com força ao banco como se fosse a força que eu estou a exercer nele que fosse capaz de me salvar se nós formos contra alguém ou alguma coisa, o que não deve faltar muito tempo para acontecer.

Não quero morrer! Não quero ter um acidente! O carro do Harry foi sabotado!

"Merda, Rose, aguara-te."

O carro vira rapidamente, uma casa aparece á nossa frente parece abandonada graças às janelas partidas, as paredes de tijolo aproximam-se cada vez mais a vedação é derrubada pelo carro que vai uma velocidade inacreditável, Harry larga o volante e fecha os olhos.

Always | H.S |Onde histórias criam vida. Descubra agora