60° Capitulo POV Harry

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O som do telemóvel a vibrar contra a madeira da mesa-de-cabeceira tinha-me acordado, já não sabia ao certo há quanto tempo ele estava a vibrar mas por fim lá acabei por pegar no aparelho e ver o nome do Louis escrito no ecrã.

Respiro fundo e olho uma última vez para Rose que ainda dorme profundamente ao meu lado, saiu da cama devagar para não a acordar e assim que já não estou no quarto atendo a chamada.

"Harry, fodasse estava a ver que não atendias a merda do telemóvel" Louis diz para o aparelho e consigo sentir um tom de raiva.

"Sim, está bem, eu estava a dormir e tu acordaste-me" digo e ando até à cozinha e encosto-me ao balcão. "Passa-se alguma coisa?" Pergunto com intenções de perceber o motivo deste telefonema.

"Sim, eu descobri umas coisas"

"E isso não podia esperar até ser pelo menos dez da manha?" Pergunto enquanto bocejo ainda com sono.

"Bem, tu é que disseste que querias que eu te telefonasse assim que descobrir-se qualquer coisa. Só estou a fazer o que me pediste Styles"

"Pronto como querias, tens razão. Agora desembucha"

"Então, eu andei a pesquisar sobre a Sheila, ainda te lembras dela não lembras?" Ele questiona.

"Claro que me lembro!" Reviro os olhos e ouço a rir-se.

"Pois então, eu andei tentar perceber onde é que essa rapariga andava a viver e encontrei uns registos de ela ter estado um tempo a viver na casa de uma outra rapariga, uma amiga, suponho."

"Hm, qual é a morada?" Pergunto já a planear fazer uma visita a esta tal Sheila mais logo.

"Sim a morada, eu passo em tua casa e vamos os dois juntos fazer-lhe uma visita"

"Não Louis, eu posso ir sozinho"

"Não tu não podes, acredita em mim. Estou ai em quinze minutos" e ele desliga a chamada.

"Fantástico, o que vou fazer agora com a Rose?" Interrogo-me a mim mesmo e ando novamente para o quarto para observar a rapariga ainda deitada entre os lençóis.

Sento-me sobre a cama e passo a minha mão pelos seus cabelos castanhos afastando-os do seu rosto suavemente para não a acordar, ela parece um anjo adormecido.

Ontem foi um pouco complicado convence-la a ficar comigo está noite mas eu lá acabei por conseguir o que queria. Depois de contar-lhe um pouco da minha história, ela parecia chocada por isso pergunto-me o que irá acontecer quando ela me pedir para lhe contar tudo o resto. Ainda há várias coisas por revelar e sinceramente não sinto muita vontade de lhe contar mas sei que a Rose irá insistir até saber tudo, é esta a sua natureza e eu não posso lutar contra ela e também não quero ter mais de lhe mentir. Por vezes temos de contar a verdade simplesmente.

Ando até ao meu roupeiro e retiro de lá umas calças pretas que faço subir pelas minhas pernas e visto uma camisola igualmente preta de manga comprida, não sei para onde vou agora com o Louis, mas pelo que ele deu a intender não deve ser um bom sitio, por isso é melhor vestir algo discreto. Calço as minhas botas castanhas e vou até à casa de banho.

Depois de sair da casa de banho vasculho as gavetas da cómoda da sala até encontrar um caderno, do qual arranco uma folha, e numa caneta. Deixo lá escrito um recado para a Rose a dizer para não se preocupar que eu não vou demorar, o que nem eu sei que se é absolutamente verdade. Deixo o papel em cima do balcão da cozinha onde eu tenho a certeza que ela o vai encontrar.

Faço o meu telemóvel, carteira e chaves de casa entrarem para o meu bolso e saiu de casa. O caminho do meu apertamento pelo elevador e pelos corredores parece não ter fim até finalmente sair pela porta do prédio olhar em volta e avistar o carro do Louis.

Always | H.S |Onde histórias criam vida. Descubra agora