5º Capitulo

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Assim que me encontrava à frente da porta a chave que o Harry me deu, foi logo posta dentro da fechadura, rodei-a até a porta abrir. Entrei na casa do Ryan e os meus olhos olham para todos os cantos da casa, o meu coração batia fortemente no meu peito como se fosse explodir como uma bomba nuclear.

Era sexta-feira e estava sentada no sofá com a minha mãe a ver mentes criminosas, a sua série preferida, até que acho que a série é engraçada mas não acho que é nada do outro mundo como a minha mãe. Ela resmunga assim que o telemóvel dela começa a tocar e um riso escapa dos meus lábios por ver a sua cara de morte por alguém ter interrompido o seu encontro com a sua série preferida.

"Ó meu Deus!" A mãe exclama enquanto leva a sua mão à boca. Os seus olhos começavam a ficar brilhantes até que por fim lágrimas caem pelas suas bochechas.

"S-Sim, v-vou já para ai" Dito isto ela desligou o telemóvel e levou a mão à sua boca abafando os soluços. Aproximo-me dela lentamente preocupada com ela.

"Mãe?" Chamo-a e ela olhou para mim. "O que aconteceu?" Pergunto apesar de ter medo de ouvir a resposta.

"Filha" É a única coisa que ela diz antes de me puxar para os seus braços e me agarrar com bastante força.

Quando me largou e olhou-me olhos nos olhos começou a falar "A Lanie, ela ligou-me agora" Será que aconteceu algo com o pai da Zoe? "A-A Zoe" Ela volta a soluçar. "A Zoe morreu"

O meu queixo caí com as suas palavras, todo parece estar a abandonar o meu corpo até eu ficar completamente vazia, sinto que me atingiram com uma bola demolidora. O ar começa a escassear dos meus pulmões enquanto lágrimas saem dos meus olhos e pequenos gritos de "estás a mentir" ou "não é verdade" saem da minha boca. Deixo o meu corpo cair sobre o chão e meto as minhas mãos sobre a cara. Não é verdade, não pode ser verdade!

Depois de me ter tentado acalmar, a minha mãe e eu fomos ter com a Lanie e o Billy á casa do Ryan, onde ambos tinham morrido, nunca tinha estado dentro daquela casa, nem cheguei a entrar apenas olhei lá para dentro a partir da porta deixada aberta. Estava lá, policia, ambulância, e alguns jornalistas, todos eles sem fazerem da mínima do sentimento que eu carregava comigo neste momento.

A memória daquela noite está a passar vezes sem conta pela minha cabeça o sangue que eu vi enquanto olhava pela porta aberta já não está na carpete nem está aqui nenhuma carpete, finalmente começo a andar e abro todas as portas que vejo e apenas a ultima do corredor é que é um quarto, faço o que o Harry me tinha dito e abro a segunda gaveta da cómoda e tirei de lá o portátil, olhei em redor e vi uma mala, aguarei nela e meti o portátil lá dentro.

Corri para fora do quarto e para fora da casa o mais rápido que pode. Desajeitadamente tranquei a porta e dei passos apresados até ao carro do Harry. Antes de entrar levei a manga da camisola até aos meus olhos enxugando todas as minhas lágrimas.

Não quero que ele me veja chorar.

Assim que entro no carro o seu olhar é posto em mim.

"Foste rápida" Ele aguara na mochila que eu trouxe e abre-a para confirmar que eu trouxe mesmo o portátil. "Estas a chorar?" Ele pergunta enquanto afasta uns cabelos da minha cara.

"Não. Podemos ir embora?" Pergunto com um bocado de indelicadeza. O Harry encolhe os ombros como se nada fosse do seu interesse, o que é verdade. Estou consciente de que ele apenas me perguntou se eu estava a chorar para tentar ser simpático.

Ele começa a conduzir, e eu quero perguntar-lhe quem matou a Zoe e porquê que não foi ele a entrar na casa do Ryan, e porque que ele foi procurar pela minha ajuda e não da ajuda de outra pessoa, mas infelizmente não consigo articular nada neste momento, sinto-me quebrada e bastante vulnerável.

"Ainda vou precisar de ti provavelmente, por isso não te vou dizer agora quem os matou" Ele consegue ler completamente os meus pensamentos, será assim tão óbvio no que estou eu a pensar, ou será o Harry bruxo? Acredito mais na primeira hipótese.

"Tudo bem" Digo. Sinceramente acho que não estava pronta neste momento para que o Harry me dissesse quem a tinha morto, isso iria acabar com tudo o resto.

Ele olha para mim e eu desvio o meu olhar dele e olho pela janela enquanto um suspiro saiu dos meus lábios.

"Porquê que não foste tu buscar o portátil?" Pergunto-lhe finalmente mas sem olhar para ele.

"Não é da tua conta"

Olho para ele que está a apertar o volante com força e com a sua cara ainda mais séria do que antes, acho que o irritei ao lhe perguntar aquilo, não vejo nada de mal na minha pergunta!

Encosto a minha cabeça ao vidro e por uns segundos fecho os olhos e tento esquecer estas três semanas inteiras, eu neste momento só queria acordar e ver que isto não passava de um maldito pesadelo, mas infelizmente isto é a mais pura realidade.

"Estas a dormir?" Ele corta o silêncio.

"Não"

"Porquê que estas de olhos fechados?"

"Não é da tua conta" Respondo da mesma maneira que ele me respondeu à pouco, só que de uma forma menus bruta. Quando abro os olhos espanto-me com um pequeno sorriso no seu rosto.

O seu sorriso é bonito, ele devia de sorrir mais vezes.

Quando dou por mim o carro já está parado à frente do café em que nos encontramos, tiro o cinto e abro a porta, espero uns segundo até ele dizer alguma coisa.

"Rosie Waters, ligo-te em breve" Ele diz e eu assinto tento não pensar no porquê de ele ter dito o meu nome completo e saiu logo do carro. Caminho até ao meu carro ou dizendo melhor do meu pai.

Olho para o sítio onde estava o carro do Harry, agora já não passa de um lugar vazio. Ligo o carro e começo a conduzir até casa.

Quando acordei de hoje de manha esperava ficar todo o dia em casa sem fazer nada mas este dia acabou por ser tudo o que eu menus esperava, acabei por relembrar o pior dia da minha vida, até parece que o revivi novamente mas de um maneira muito mais lenta.

Na verdade o aparecimento do Harry está a ocupar algum tempo na minha cabeça o que nem é mau de todo porque assim evito em pensar em coisas que não quero de todo lembrar-me.

Always | H.S |Onde histórias criam vida. Descubra agora