capítulo XXXIII

1.1K 110 156
                                    

tive que escrever uma nota pra relembrar vcs do intuito dessa história antes que se crie um fã clube anti stenio de reverso kkkkkkk o intuito dessa história é realmente ser o contrário de steloisa que vimos em sj e travessia, ou seja, tanto as personalidades são invertidas, como as atitudes. a helo enfurnada no apartamento dele tal qual o stenio em sj, o stenio inseguro com o relacionamento com ela tal qual helo nas duas novelas, as provocações, as falas TUDO é trocado aqui. 

por favor, ENTENDAM O DIVO, ele apenas sampaiou um pouco!!!!!!!!!!


Stênio Alencar

Não preciso nem reafirmar o quão infantil eu sei que estou sendo, porque isso está mais claro que água. Mas não consegui conter meus instintos e agir de outra forma ao assistir Heloísa ficar realmente abalada na presença daquele homem, de uma forma que eu nunca a tinha visto ficar por minha causa.

O fato de ela ter me apresentado apenas como um colega de trabalho foi mero detalhe, que somado ao desconforto que eu sentia na presença dos dois, foi intensificado. Descontei na bebida como há muito tempo não fazia, porque parecia a saída mais fácil.

Mais fácil porque eu nunca me envolvia em brigas depois de beber, por mais que a outra pessoa insistisse muito. E foi por isso que fugi da advogada quando ela propôs uma conversa, não queria conversar enquanto o álcool estivesse afetando meu discernimento.

Aquela noite tinha sido a pior desde que ela tinha invaddo a minha vida e vindo morar provisoriamente aqui em casa, tudo por conta da maldita distância que ficamos enquanto dormimos. Parecia que até nosso subconsciente entendia que naquele momento, precisávamos de espaço.

Acordei mais cedo que o normal no dia seguinte, querendo adiar aquela maldita conversa que obviamente teríamos. Cheguei na delegacia com o Sol ameaçando nascer no horizonte, me odiando por ter bebido tanto na noite anterior e ter acordado com uma ressaca braba.

— Bom dia. — cumprimentei alguns policiais que estavam na área de café da delegacia, indo na direção da minha sala no final do corredor.

Passei algumas incontáveis horas lendo e relendo alguns processos, sentindo a ansiedade invadir o meu corpo. Estávamos muito perto de conseguir a confissão do sequestrador de Cecília, então todo o time já estava a postos para qualquer ocorrência.

Assim que ele abrisse a boca, iríamos com tudo em uma operação tudo ou nada. Faria questão de prender um por um, sem dó nem piedade. Queria acabar com a vida desses desgraçados, assim como fizeram com tantas crianças.

Pela primeira vez, eu realmente sentia ódio.

Ouvi uma batida na minha porta e uma voz feminina pedindo pra entrar.

— Pode entrar.

Débora é uma das advogadas que bate ponto quase toda semana na minha delegacia, sempre pronta para soltar um dos seus clientes inconsequentes que sempre fazem alguma merda e sobra pra ela resolver. Seu escritório é concorrente do de Heloísa, mesmo que não chegue aos pés do bom trabalho que ela faz lá.

— Bom dia, delegado. — a voz mansa de quem vai me pedir alguma coisa logo mais.

Conheço bem a peça, bem até demais.

— Bom dia, doutora Débora. A que devo a visita de hoje? — não desviei nem mesmo meu olhar da tela do computador, não querendo dar muito assunto pra ela.

— Um dos meus clientes foi preso em flagrante na noite de ontem, mas com toda certeza deve ter tido algum engano, né delegado? — ao invés de se sentar na cadeira que havia na frente da minha mesa, ela deu a volta, parando ao meu lado.

ReversoOnde histórias criam vida. Descubra agora