capítulo XIII

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Stênio Alencar

O caminho até o apartamento da advogada foi regado de provocações, tanto verbais como físicas. Depois de tanto nos privar de sentir qualquer desejo pelo outro, era meio óbvio que as coisas perderam o controle quando nos permitimos sentir tudo de uma só vez.

Dentro do elevador teria sido o início de tudo se não tivéssemos entrado junto com uma família e seus filhos, obrigando-nos a encostar cada um em um canto da caixa de metal como se nada demais estivesse acontecendo.

Meu peito subia e descia devido a minha respiração ofegante, meu membro endurecido me incomodava mais do que qualquer coisa dentro da minha calça. Só queria me aliviar o mais rápido possível, ceder aos meus desejos mais ocultos.

Entramos no seu apartamento já aos beijos, grudados um ao outro sem pretensão alguma de separação. Minhas mãos apertavam todo o seu corpo, trazendo-a para mais perto.

— A gente não deveria estar fazendo isso. — a voz da minha consciência resolveu dar as caras, como se ainda fosse possível voltar atrás.

Nem morto que eu iria para casa sem experimentar cada parte do corpo de Helô, demorei tanto tempo pra ceder, que agora não consigo nem pensar em desistir disso.

— Não deveria, mas estamos, delegado. — ela suspirou, sentindo os beijos que eu depositava em seu pescoço.

Para que aquela transa deixasse de ser uma preocupação até mesmo no meu subconsciente, decidi que fingiria — pelo menos por hora— que Helô não era o problema que ela realmente simboliza na minha vida. Era melhor fingir que ela é apenas mais uma das mulheres com quem me envolvi, sem maiores preocupações.

Assim eu conseguiria aproveitar aquele momento em sua totalidade, sem pensar em como isso afetaria o nosso trabalho.

Na minha cabeça fazia total sentido.

— Onde fica o quarto? — perguntei entre um beijo e outro, sentindo que precisávamos avançar nessa pegação.

Helô foi me empurrando com o corpo, sem afastar sua boca da minha, me encaminhando até o seu quarto que ficava no final do corredor. Suas mãos foram sedentas até a barra da minha camiseta, retirando-a sem nenhum pudor.

Ouvi um suspiro sair dos seus lábios enquanto ela analisava parte do meu corpo.

— Tá boa a vista? — perguntei em tom de brincadeira, achando o máximo assistir suas reações.

Ao invés de me responder, Heloísa desfez o laço que sustentava seu vestido, fazendo-o cair como castata sob seus pés. E por Deus... Um espetáculo.

O seu corpo parecia ter sido pensado sob medida, cada parte encaixando perfeitamente com a outra. Os seios empinados e de tamanho médio, a cintura finíssima e o quadril largo.

— Tá boa a vista? — devolveu a mesma frase, deixando um sorriso safado nascer em seus lábios.

Chega de conversas, era hora da ação.

Fui firme em sua direção, grudando nossos corpos de novo de maneira bruta, sem o mínimo de delicadeza. Minhas mãos foram como imãs até sua bunda redonda que implorava pra ser apertada até que meus dedos deixassem marcas na região.

Entre beijos e mordidas fomos caminhando até sua cama, sem nos desgrudar. Ela usava apenas uma calcinha rendada branca e eu estava totalmente vestido da cintura pra baixo.

Joguei seu corpo na cama, ficando em pé parado observando a vista. Aproveitei pra analisar mais uma vez cada parte do seu corpo enquanto retirava minha calça, ficando apenas de cueca.

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