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•Christopher•

eu de fato não sentia culpa, remorso de nada no que eu fiz no passado.
na minha cabeça, eu fiz certo e ponto final, todos deveriam aceitar isso e não falar mais nesse assunto.
deste da conversa que tive com Soyeon, ando andando de um lado para o outro pensando no que havia acontecido na na minha vida.
os julgamentos que tive que escutar, os afastamentos de todos a minha volta e sem dó alguma me maltrataram, dizendo o quanto eu estava errado em ter matado aquelas pessoas.
o passado maltratava as pessoas sem misericórdia alguma, durante esses anos, perdi as contas de quantas vezes eu bebi em todos os bares da esquina para esquecer o ocorrido, as vezes fumando um cigarro na cozinha do meu apartamento em Los Angeles enquanto as pessoas sorriam de felicidade.
o problema, ou o melhor disso tudo é que eu aprendi não ter empatia com ninguém, odiar todos a minha volta e não demonstrar nenhum sentimento.
foi assim que eu fiz quando eu conversei com Soyeon, enquanto ela tentava me intimidar falando do passado, não demonstrei nenhum sentimento e usei seu ponto fraco: suas amigas que agora estão desaparecidas.

esse ato de empatia,
ou bondade com os humanos é a coisa mais estúpida que alguém pode se fazer na vida,
a humanidade não merece o meu respeito e muito menos o amor.
não estou sendo um puto de um egocêntrico, estou sendo sincero.

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a aula acabou, e então os alunos foram para a direção da porta de saída.

com passos lentos e devagar, vou na direção da rua em que matei pela a primeira vez.
olhando tudo em volta, não mudou nada, a parede desgastada, alguns lixos espelhados, ou seja era um lugar abandonado.
me aproximei ainda mais da rua, ficando assim bem no meio dela.

aos arredores dali estava uma bagunça sem nome, aos poucos eu fui reconhecendo o local onde eu estava.
o lugar em que eu tirei quatro vidas sem piedade alguma, posso sentir a energia ruim naquele lugar.
meus pensamentos começaram a infiltrar o meu passado na mesma hora, o sangue sendo escorrido por uma água da chuva que caia nessa noite.
os golpes mais violentos nos rostos, nos corpos enquanto eu ria e ria...o barulho da minha risada fazia eco nos meus ouvidos, me deixando desespero por dentro, pois minhas risadas eram assustadoras, e mais assustadora ainda era meu ato.
não, não sentia pena...
era um gatilho que surgia e logo aparecia um misto de poder, de segurança e de felicidade por não vê-los mais.
maldita hora em não ter visto os rostos deles...
queria pelo menos ver seus olhos lacrimejar de choro, mas eu podia ver os corpos dos idiotas se contorcendo de dor na mesma hora em que desferida facadas em diversos lugares dos seus corpos.

saiu do meu transe assim que escuto a voz de Soyeon se aproximar de mim.
olho na mesma hora, a vendo vindo na minha direção tendo seus braços cruzados abrindo um sorriso mais sínico.
cerrei meus punhos com forças,
o que aquela vadia estava fazendo aqui essa hora da noite?

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