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•Jisoo•
já tem um dia que eu não vejo o Jin. não que eu sinta falta dele, jamais, em hipótese alguma. mas me sinto apreensiva deste que ele saiu daquela porta e até agora está sumido por aí. estou apreensiva porque eu acabei falando coisas sem pensar, e com certeza deve ter deixado ele furioso comigo. eu estava farda com toda a humilhação, estava cansada depois de ter limpado essa casa toda sozinha. estava exausta por viver nesse inferno, por viver em uma realidade que não é mais para mim. eu surtei. acabei falando coisas sem pensar, e só Deus sabe o que ele está aprontando para fazer comigo.
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me acordo em um dia como qualquer outro. deitada no chão daquele porão um pouco úmido, que tinha um cheiro ruim por cada centímetro daquele ambiente. tinha pouca iluminação, para combinar com a minha solidão dentro de mim.
devagar, eu me levantei do chão para fazer a comida. abro a porta do porão com uma certa dificuldade, eu estava fraca por não ter comido nada ontem de noite. dou passos lentos e demorados na direção do andar de cima. minha barriga roncava pela a fome, minha boca implorava pela a água e meu corpo todo implorava pela a minha liberdade. meu coração pedia, chorava, cantava saciando a minha felicidade que há dias que não mais foi vista em mim.
porra.
eu xingo na cabeça assim que vejo a sala uma zona, conviver com homens realmente não era uma tarefa fácil. logo sinto um cheiro de cigarro por todo o canto do lugar, até criei uma hipótese que eles compraram um cigarro e começaram a fumar aqui dentro. mas olho brevemente em cima da pequena mesinha que tinha na sala e lá estava três cigarros eletrônicos, uma maconha usada e dois copos que fedia a uísque.
suspirei fundo cansada, realmente eu estava cansada de tudo aquilo, eu só queria sair daqui e perguntar para a primeira pessoa o porquê isso tudo estava acontecendo comigo. me lembro perfeitamente das tardes com a minha mãe, eu e ela fazia duas xícaras de café e alguns biscoitos de chocolate e logo depois corria para a varanda da casa para fofocar ou desabafar. eu desabafava quando acontecia algo na escola, já ela, desabafava toda vez que brigava com o papai e simplesmente não podia fazer nada. apenas dizia: vai ficar tudo bem, mamãe. agora, nesse momento, eu só queria escutar isso de qualquer pessoa.
abaixo a cabeça devagar sentindo algumas lágrimas rolarem instantes mente no meu rosto. suspiro cansada por arrumar toda aquela merda sozinha mais uma vez. fui parando de chorar assim que vejo a hora passando igual um trem, me deixando mais nervosa, pois a qualquer momento aqueles idiotas iriam aparecer e com certeza iria me punir se visse a sala naquele estado.
peguei uma vassoura e comecei a varrer a casa, logo depois arrumei a sujeira, em seguida peguei um líquido que parecia perfume, para dar cheiro na casa. e joguei no ar deixando o clima mais agradável.
