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•Lisa•

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•Lisa•

mas uma vez eu estou aqui, sentada na beirada cama, encarando a minha mão enquanto eu mexia descontroladamente, sentindo a ansiedade me caçar como se fosse uma predadora, eu não consegui dormir hoje de noite, eu estava ocupada demais pensando na minha vida, e também porque...senti um aperto no meu peito como se algo estivesse acontecendo, tenho essa conexão com o meu pai...papai...

eu sei que ele tem alguns problemas de coração, e com o meu sumiço talvez tem afetado ele mais ainda, e pensando nessa hipótese fazia meu coração se apertar mais ainda de desespero a flor da pele, me faz encarar o teto enquanto os pensamentos vêm a tona mais e mais, me deixa sufocada, não sei como reagir, apenas sinto e é algo que eu não desejo para ninguém.

estou pensando seriamente em encher a banheira e ficar lá até a minha ansiedade passar, quando tudo estiver mais calmo e que eu possa respirar sem preocupação alguma, era isso que pensava porque...eu não podia esperar em só sair da água só quando eu estivesse em casa, pois, sinto que eu nunca mais voltarei.

eu não voltarei...

ao pensar sinto uma enorme pressão no peito, coloco a mão no meu coração e suspiro fundo, me levanto da cama dando passos devagar na direção do espelho, abaixei a cabeça soltando suspiro pesado, o que está acontecendo comigo? em que eu me tornei? eu estou enlouquecendo nesse abismo, era demais para mim viver presa em uma realidade fria e tão...triste, por mais que a minha vida fosse tão boa -eu fingia ser- a real é que eu nunca vi a minha vida boa...pois eu não me via a popular da escola.

Henry foi o meu primeiro namorado, fora outros homens que me relacionei mas foi apenas beijos e carícias, eu namorei com o Henry, mas depois terminei com ele, ciumento, arrogante e insuportável, ele queria sugar a minha popularidade, roubar os meus amigos, apenas para eu me sentir sozinha.

mas eu não dependo de ninguém, e de homem algum para ser feliz.

suspirei fundo antes de olhar para o espelho e dá de cara com o meu reflexo, minhas olheiras estavam tensas e horríveis, meu semblante mais fechado, sério e sombrio, eu estava terrível diante daquele reflexo...queria acretidar que ela pessoa não era eu.

- garotinha, você não comeu nada, tem que se alimentar! - escuto a porta se abrindo, e logo uma voz soar por todo o quarto, era Maria, uma das empregadas da casa. continuei de costas para a idosa, inclinando meu corpo para a frente suspirando fundo, cansada, a ansiedade não dava trégua e pouco pouco eu sentia que iria cair no chão, eu sentia meu corpo fraco.
querida, você está pálida, precisa se alimentar, nem que seja apenas um suco e um pedaço de pão, mas você precisa comer alguma coisa. deixe-me lhe ajudar.

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