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•Jungkook•

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•Jungkook•

fiquei surpreso quando Namjoon apenas fez o ritual para eu me comunicar com os meus pais, ele não disse nada, apenas fez em silêncio, óbvio, eu estava no meu direito de saber onde eles estavam.

a ansiedade me atacava por dentro, sentia palpitações do meu coração, meu sangue pouco a pouco aumentava a precisão me deixando mais agoniado ainda.

queria poder conversar com os meus pais de novo, por mais que minha mãe tenha feito mal comigo, eu queria conversar com ela, entender o porquê dela ter feito aquilo tudo, apesar de sair machucado como sempre eu saia quando conversamos.
queria pergunta-la, por que ela me odiava tanto? será que não fui o bom filho? será que nunca fui bom o suficiente para ela? o deveria fazer para ser cem por cento melhor? qual era o meu problema?

por que me odiava tanto, mamãe?

que mal eu fiz?
que erro eu cometi?
que palavras eu falei?
que brincadeiras eu fiz?
e por fim,
o que eu fiz para ter merecido isso tudo?

queria escutar alguns conselhos da minha mãe.
dizem que conselhos de mãe é igual de vó, é sábio, forte, profundo e acima de tudo verdadeiro, mas nunca tive essa sensação, nunca tive ninguém para sentar comigo em uma cadeira e vazia e perguntar como foi meu dia.

estou parado olhando para o homem na minha frente que fazia um portal, uma espécie de um ritual para eu comunicar com os meus pais.

eu estava sentindo que iria entrar em colapso em qualquer momento, em todo instante eu abaixava a cabeça, fechava os olhos e me segurava para o meu coração não sair pela a boca.

flashback on:

- pai, a professora perguntou hoje o que seria dos filhos sem seus pais, eu respondi que para algumas pessoas seriam algo bom, para outras seriam algo péssimo. - eu digo quando eu tinha oito anos de idade, avistei meu pai sentado na cadeira suspirando fundo depois de um dia longo de trabalho. quando eu digo isso, seus olhos caíram em mim, surpreso com a minha resposta. não sei se ele achou a minha resposta inteligente ou estúpida, mas eu não iria perguntar, queria que ele mesmo falasse por ele mesmo.

papai me pegou no colo e me colocou em cima da mesa, ele apenas sorriu, eu nunca tinha visto papai sorrindo, muito menos da minha frente daquele jeito, seu sorriso mostrava um sorriso orgulhoso, e tão precioso quanto ele...papai era um bom homem, um bom pai, por mais frio que seje, queria acretidar que papai só era assim por causa do trabalho.

e não porque ele me odiava.

- será que a minha resposta foi estúpida, papai? - pergunto na maior  inocência, olhando para o homem alto na minha frente. seu sorriso foi se acabando, voltando o seu semblante natural do dia a dia, sério, frio e sem sentimentos.

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