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•Jungkook•

- está surpreso, Jungkook? - saiu do meu transe com a voz de Christopher fazendo a seguinte pergunta, pela a minha expressão já podia se ver o quanto eu estava surpreso com o assassinato da garota. Christopher me contou alguns detalhes quando chegou no local do crime e sinceramente ainda estou processando pelo fato dela ter sido encontrada de forma tão humilhante.

- para ser sincero sim, mais não surpreso pelo o assassinato da garota, e sim ter acontecido em uma escola onde deveria ser um lugar de paz e não um lugar de assassinatos. - aos poucos comecei a pensar no passado, ninguém, absolutamente ninguém sabia que eu era um dos alunos que foram mortos brutalmente. me recordo perfeitamente dos gritos e da faca sendo cravada no meu estômago pouco minutos depois de morrer sem piedade alguma.
a propósito, um dia me falaram que quatro alunos dessa escola foram brutalmente assassinatos, perguntei o motivo e responderam por causa de bullying. em pleno século vinte um ainda tem gente que machuca as pessoas? que geração infantil, não é Christopher? - segurei uma xícara de café que estava na mesa e logo elevo para a minha boca, tomando um gole mostrando uma paz em seguida.

estávamos em um restaurante próximo da escola.
a movimentação estava bem pouca nesse horário, e a única movimentação que podíamos ver era os carros de polícia, a ambulância chegando e alguns policiais andando de um lado para o outro ainda investigando o caso.

- pois é, é realmente uma triste história que aconteceu alguns anos atrás. é muito triste que isso tudo aconteceu. - Christopher fez uma pausa, tomou um gole do seu whisky e em seguida elevou o copo até a mesa. algo me dizia que Christopher ficou mais nervoso quando eu falei desse assunto.
infelizmente não vimos o rostos desses rapazes, bom, segundo os alunos que conheciam eles, eles usavam capuz preto e nem se quer mostravam os rostos. não entendo o porquê daquela mistério todo, de fato, isso aconteceu, e não podemos mudar mais nada. - vejo que Christopher brincava com os dedos encarando os mesmos, mas logo seus olhos caíram na minha direção.
que Deus tenha deixado eles descansar em paz. amém?

- eu não sou religioso. - digo autoritário, eu só não tinha nenhuma religião, quer dizer, quando eu era criança e ainda estava vivo eu era budista, mas quando me tornei vampiro eu não tive mais religião e eu não podia mais acretidar em deus algum. deveria colocar na minha cabeça que eu era um deus e que todos deveriam abaixar a cabeça para mim.

- ah, me desculpe. - ele disse tomando mais um gole do seu whisky, avistamos o garçom se aproximar de nós.
por favor me traga mais whisky e mais uma cerveja, e para o meu amigo...

- pra mim nada. - o interrompi, Christopher assentiu com a cabeça e em seguida olhou para o garçom que estava anotando seu pedido e logo depois se retirando.

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