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•Jungkook•

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•Jungkook•

nunca pensei que praticamente teria uma "biblioteca" na casa de Vincent, estava tudo tão arrumado, que fiquei curioso ao ponto de entrar no local sem ao menos ter sido convidado.

há livros por toda a parte naquele lugar, há variedade de histórias, romance, drama, suspense e algumas literatura brasileira.

as pessoas que me conhecem nunca iria imaginar que eu, Jungkook, iria gostar de livros.

mas a verdade é que quando eu tinha oito anos, eu sempre gostei de ler livros, era um "refúgio" para fugir da minha realidade escura e turbulosa que tanto me sufocava, quando havia gritos, eu corria para o quarto colocava meu fone de ouvido e então fico lá...esperando toda aquela confusão passar.

flashback on:

mas uma vez eu estou aqui, na biblioteca da escola, não dormir bem hoje, suponho que estou com olheiras bem intensas, mas uma vez, papai e mamãe brigaram, posso ainda escutar os gritos deles na minha cabeça me deixando destorneado, enquanto os gritos eram escutados por toda casa, eu estava lá, sozinho encostado na parede rezando para que tudo aquilo de acabasse logo.

eu estava estudando evolução em biologia, eu queria perguntar ao professor se a minha vida turbulosa será evoluída dessa mesma forma para outro ser humano? mas uma voz na cabeça me respondeu: não precisa de evolução, aí precisa é de terapia.

nunca gostei de fazer terapias, tenho medo dos julgamentos, sinto medo das pessoas, e de como elas vão reagir enquanto eu conto minha situação, é difícil lidar, extremamente caótico prosseguir diante dessa confusão, mas eu continuo, sem lidar com as pessoas e me afogando ainda mais em um poço fundo.

há barulhos pelos arredores da escola, estava em intervalo, deste que cheguei aqui, eu me "tranquei" nesse lugar, não assisti nenhuma aula até agora, ninguém me viu, e até agora não sofri bullying, acho que eles acham que eu faltei hoje, " que pena" pois para eles eu era o "brinquedo" no passa-tempo deles.

dentro de mim há uma agonia de todos os dias, o peito estava cansado, para suportar o peso de simplesmente existir, as mãos suava, me dando índice de ansiedade, a respiração desregulada desregulada, pelo fato do cansaço, das noites mal dormidas, e meu corpo todo desmoronado, parecia que a muralha da China caiu nas minhas costas, os pensamentos a flor da pele, guardo os sentimentos para a madrugada, chorando e desabafando comigo sozinho no quarto.

mamãe não me escuta, sempre fala que eu sou um peso na vida dela e que não queria engravidar nem tão cedo, óbvio, eu ficava triste, mas não chorava na sua frente, a única coisa que fazia era assenti com a cabeça, pois no fundo eu realmente era um peso em sua vida, e estou sendo mais um peso em mim mesmo, a minha existência se tornava insuficiente.

The renaissanceOnde histórias criam vida. Descubra agora