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16+

•Taylor Park•

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•Taylor Park•

parece que voltei no passado mais uma vez, nunca esperei que iria rever Ezequiel depois de tudo que aconteceu, ele foi embora, me deixou sozinha para cuidar do meu filho, eu queria entender o que se passava na sua cabeça quando fez uma coisa dessas, como alguém consegue ser tão maldoso nesse ponto?

estávamos sentados no sofá, na minha frente uma xícara de café que já estava frio, eu não estava nem aí para a bebida, eu só queria sair dali o mais rápido possível, perto de Ezequiel me dava sensações estranhas, as lembranças ruins se aproximava de mim, os comentários de julgamento surgia na minha cabeça me mostrando o quanto eu fui julgada por todo no passado, os dias difíceis que tive que passar sozinha.

flashback on:

a chuva estava bem forte naquela noite, uma noite de domingo, as folhas faziam barulhos bem estranhos, os relâmpago estavam fazendo festas no céu, os raios sinalizava como eu me sentia por dentro e o vento trazia lembranças ruins e sensações estranhas.

mas uma vez eu acordei como qualquer outra, passei no mercado, conversei com meus vizinhos mais próximos, ainda hoje, escutei alguns senhoras de idades na frente da casa falando da minha vida, eu queria perguntar o que de mal eu fiz com elas, por que ninguém nesse bairro me respeita? por que as pessoas insiste em falar mal da minha vida?

eu sei que errei, mas estou tentando mudar, eu juro que tô tentando acabar com isso logo, eu só penso nesse contrato acabar e finalmente ser livre desse caminho de prostituição, mas não importa que eu faça...eu sempre vou sair como a errada na história.

olho para o meu filho que estava deitado na cama, ele dormia tranquilamente, Jimin já tinha feito um ano, estava feliz e eu também junto com ele, o melhor presente que Ezequiel me deu foi ele, meu filho.

- eu quero te proteger de tudo, meu filho... - sussurrei dando passos na direção onde Jimin dormia, me sentei na beirada da cama e devagar passo a mão na sua cabeça.

se eu sinto falta da minha mãe?
mas é claro que sim, pois, de qualquer forma ela é minha mãe e não vai deixar de ser, posso mudar o meu sobrenome, posso mudar de cidade ou de país, mas ela ainda vai continuar sendo a minha mãe, sou sangue do sangue dela, e isso eu não posso negar... infelizmente.

eu me perguntava todas as noites como ela estava, se estava bem, se alimentando direito, ou se ainda está na mesma vida medíocre dela... bêbada aos arredores de cada esquina, beijando cada homem que aparecesse na sua frente, luxando com os custos dos outros, sendo a vadia na cidade...ou se mudou completamente, se já reconciliou com Jesus Cristo, se frequenta a igreja católica ou até mesmo voltou a ser judaica, ou será que é budista? ou melhor, será que ela ainda acredita em esperança? ou se entregou só mundo de solidão e desamparo?

The renaissanceOnde histórias criam vida. Descubra agora