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•Taehyung•
uma sensação de desconforto no meu peito surgia enquanto eu corria nas ruas de Busan. eu de fato não sabia a onde eu estava indo, eu só corria... fugindo dos demônios mais perigosos da minha mente, nos quais me deixam sem ar toda vez que penso neles. malditos que nem se quer me deixam dormir. me lembro perfeitamente dos conselhos da minha mãe toda vez que eu tocava no assunto "amor" era uma palavra cuidadosa, e que se não tomar cuidado...ela te sufoca sem misericórdia nenhuma. meu corpo cansado de tanto correr, o semblante frio e fechado. agora, com os meus passos um pouco mais calmo, com a cabeça baixa para ninguém ver meu rosto molhado por causa das malditas lágrimas. minhas mãos no bolso do meu moletom escondendo a lâmina da faca que usei para matar aquela puta e o desgraçado do meu " amigo".
a rua estava deserta, e se alguém passar por aqui é só uma pura coincidência ou se a pessoa realmente mora por perto. eu estava em um local bem esquisito, e sinceramente, eu nem sabia a onde eu estava de fato. eu estava tão fora de si, que a única coisa que passou na minha cabeça era: correr até não poder mais, fugir de todos ao meu redor antes que eu cometesse uma vontade louca até de matar as pessoas que eu mais amava.
minha mãe.
porra, eu nem se quer me despedir dela. o desespero havia falado alto demais, e agora estou aqui, sem rumo, perdido, consumido pelo ódio em mim que me fez matar pela a primeira vez.
e confesso, gostei da experiência.
gostei de cada gota de sangue que caia no chão, gostei de cada grito de horror, de cada corpo em movimento através da dor fulminante neles.
isso custou caro, para fazer isso,tive que deixar para trás minha família, parentes e os restos de amigos que ainda restavam no meu lado. eu era sozinho pra caralho, mas eu não ligava, só era foda porque eu não tinha ninguém que se pudesse confiar.
e quando confiava, sempre saia machucado.
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retiro do bolso do meletom um cigarro, em seguida acendi o mesmo. colocando na boca, me saboreando no efeito de nicotina. era a única coisa que iria me relaxar naquele momento.
cigarro, clima frio, tristeza me consumindo por dentro, e a vontade louca de matar o primeiro que aparecesse na minha frente.
a rua estava bem tranquila, minhas pernas estavam cansadas de andar e não chegar em lugar nenhum. avistei um banco na praça mais próxima onde eu estava, fui na direção desse banco e me sentei sentindo o efeito da nicotina nas minhas narinas.
