CAPÍTULO 24/ CAPÍTULO BÔNUS.

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Vinnie Hacker

Porra. Mil vezes porra. Isso não era pra ter acontecido, não era. Eu bati na garota que eu mais amo nesse mundo e quero proteger. PUTA QUE PARIU VICENT VOCÊ SÓ FAZ MERDA!

Entro no quarto que era de chase e me tranco la dentro, essas merdas de surtos acontecem quando fico tempo demais sem minhas drogas. Eu tinha prometido a aly que nunca mais usaria e isso estava me causando uma abstinência dos infernos!

Eu não conseguia ficar sem minhas seringas por mais de 1 semana. Eu só havia conseguido por causa de alyssa, agora eu estraguei a porra toda. Agora ela me odeia pra sempre.

As palavras dela, me chamando de nojento e de tudo quanto é coisa ecoavam pela minha cabeça. Eu me odeio quando eu fico nesse estado. Caralho eu precisava da minha seringa. Agora.

Não, não vicent. Você não precisa dessa droga para viver, merda se concentra. Eu ficava olhando pra todo aquele quarto mas nada tirava da minha mente que eu precisava daquela merda de seringa.

Em um movimento eu dou um soco na parede que faz com que os quadros caiam no chão. Começo a dar vários socos repetidamente na parede até minhas mãos ficarem ensanguentadas. A parede estava com sangue e algumas rachaduras.

Escoro na parede e vou descendo lentamente e abraço meus joelhos. De repente volto a ser aquele garotinho com medo do pai, se escondendo para não levar uma bela surra.

  flashback on

- volte aqui seu merdinha!- meu pai grita correndo atrás de mim com sua cinta.

- não faça isso com o menino joel, por favor.- minha mãe implora para que meu pai não me bata.

- não se intrometa sua vadia!!- meu pai acerta uma  cintada no rosto de minha mãe.

Uma lágrima solitária escapa de meus olhos e continuo correndo em direção ao meu quarto. Entro e tranco, me escondo dentro do meu armário e eu mesmo tampo minha boca para abafar meus soluços.

- abre a droga desta porta seu muleque inútil.- ele grita do outro lado.

Me mantenho quieto na minha. Do nada ouço ele batendo com tamanha brutalidade na porta, mas a porta não se abre.

logo ouço passos se afastando. Demora um pouquinho ele volta e dessa vez com minha mãe.

- neném, abra a porta.- ela diz com sua voz embargada.- é a mamãe, vem comigo.

Isso era um truque de meu pai, ele usava minha mãe para eu poder abrir a porta e finalmente ele me dar cintadas até por final, ele descontar toda sua raiva.

- muleque idiota!- ouço ele gritar- já que você não vai abrir a porra desta porta, sua mãe sofre por você.

- não joel, por favor, pare de nos machucar.- eu ouvia minha mãe e logo ouvi os barulhos das cintadas e os gritos de dor e sofrimento de minha mãe.

Não aguento mais e vou destrancar a porta, assim que eu destranco ele para de bater em minha mãe e me olha com fúria.

- olha o que você me faz fazer seu idiota!- ele diz e sai largando minha mãe jogada no chão com o rosto todo inchado ensanguentado. Com as poucas forças que eu tinha, eu consegui trazer minha mãe para meu quarto e a coloquei na minha cama. Saio do meu quarto em total silêncio e vou até o quarto de Nessa, minha irmãzinha.

A vejo dormir serenamente em seu berço, pego seu carrinho e a pego, levo para meu quarto também e coloco ela ali ao lado da minha mãe. Me sento ao lado das suas só que no chão. E fico ali até amanhecer, sempre foi assim. Sempre passei noites em claro. Nunca tive uma boa noite de sono digna.

FLASHBACK OFF
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continua...

TADINHO DO NOSSO PEQUENO VINNIE..

O QUE ESTÃO ACHANDO?

NÃO SE ESQUEÇAM DA ESTRELINHA ⭐

She is mine | Vinnie Hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora