Um pequeno atraso para não perder o costume. 😸
Finalmente vamos conhecer melhor o nosso gatinho maconheiro.
Boa leitura, telespectamores! 💛
TW: Violência, menção a latrocínio, menções a pedofilia e abuso sexual de menores.A vida é muito engraçada.
Às vezes, ela parece uma piada.
Eu sempre fui diferente. Não tive pais. Tipo, pai e mãe, que me fizeram. Os dias no orfanato eram uma tortura, principalmente quando decidi deixar o cabelo crescer depois de ver o clipe de November Rain e sofrer com a confusão que Axl Rose me causou. Na mente de uma pré-adolescente, entender que eu achava ele extremamente atraente era muito difícil, então eu achava ele... estiloso.
E eu também queria ser muito estiloso.
Eu nunca fui de ter muitos amigos naquele lugar. Quando meus fios chegaram nos ombros, apenas o jardineiro franzino conversava comigo, dizendo que eu era muito bonito e pequeno. Que eu parecia uma garota charmosa.
Eu percebi tarde demais que as intenções daquele senhor não eram boas.
E então, eu fugi. Me escondia em qualquer buraco daquele prédio enorme, cheio de crianças e adolescentes cruéis.
Aos treze, uma mulher linda e baixinha apareceu no portão. Quando entrou, conversou com quase todas aquelas crianças, distribuindo sorrisos e carinhos aos mais novos. Eu já sabia o que aconteceria.
Como sempre, uma das crianças menores seria escolhida e ganharia uma família. O sonho de um dia ter um pai legal, uma mãe carinhosa e talvez um cachorrinho se esvaiu aos poucos...
Mas foi resgatado do fundo de minha mente quando ela colocou os olhos brilhantes em mim. Foram quase dois anos de luta na justiça coreana para que uma mãe solteira pudesse me adotar. Porém, finalmente, o pesadelo acabou.
Minha mãezinha não era boa de vida. Não tinha uma casa grande, nem um marido para eu chamar de pai e nem um cachorrinho... mas ela me deu tanto amor que eu senti como se tivesse nascido dela. Em pouco tempo, já éramos uma pequena família de dois, vivendo a rotina que eu sempre sonhei, passeando por Seul e rindo juntinhos.
Aquela mulher, Min Jonmi, foi quem me apresentou o amor de uma mãe, quem cuidou de mim quando eu pegava resfriados e quem me encheu de guloseimas nos meus aniversários. E foi a crueldade de um homem que a tirou de mim.
Minha mãe foi vítima de um assalto. Tinha um celular lacrado dentro da bolsa, e eu ainda não sabia, mas era meu presente de Natal. Então, no dia 23 de Dezembro de 2009, tentando defender o meu presente, um celular de botões, ela foi esfaqueada em um beco qualquer.
Com meus dezessete anos, precisei aprender a me virar sozinho. A justiça não se movimentou muito ao perceber que Min Jonmi possuía um filho adotado e muito menos me deu alguma assistência.
Então, eu precisei procurar meus meios. Desde vender pequenos pacotes de maconha a virar madrugadas trabalhando. Nisso, perdi anos da escola, me formando um pouco mais tarde.
Eu tinha ódio deles. Dos homens, todos eles. Até de mim mesmo. As meninas nunca foram maldosas comigo no orfanato, mas os garotos jogavam insetos na minha cama e escondiam minha escova de dentes. A cozinheira nunca foi má ou me maltratou, mas o jardineiro tentou me arrastar para a pequena casinha atrás do prédio e me molestar. As mulheres, na rua, passaram pela minha mãe normalmente. Um homem a parou e a esfaqueou.
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Marlboro Nights | jjk + pjm
Fanfiction[EM ANDAMENTO] Isso deveria atrair alguém, mas quem realmente se importa? Minha história de amor, minhas regras. Insira milhares de pontos de interrogação aqui, amado telespectamor. ass: cara que narra essa história. ps: não espere um romance bon...