19. 트라우마와 상실.

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Um desenho completo. Suspirei, virei a página. Comecei um novo esboço, deslizando a lapiseira preguiçosa e lentamente pelo papel.

Jihoon e Hoseok me contaram tudo.

Desde o dia em que Hoseok voltou para Seul até o presente. Isso levou umas duas horas, mas agora eu estava por dentro da situação e um pouco chocado, para não dizer completamente abismado.

Eu estava com bastante raiva, também. Apesar de não estar envolvido diretamente, mentiram para mim e, além disso, amigos muito queridos estavam sendo afetados. Sem muita ideia do que dizer, eu apenas me recolhi no meu canto, tentando processar toda aquela história de namoro de fachada e sexo sem compromisso. Afinal de contas, quem foi o burro que pensou que aquela seria uma boa ideia? Não estávamos em um filme.

Isso já fazia um dia. No curso, nem Saori e Chun conseguiram me arrancar uma risadinha e acabaram me deixando quieto na minha, já que eu não conseguia socializar como uma pessoa normal naquele momento, com tantas coisas na cabeça.

- Jungoo-ah! - Alguém abriu a porta do meu quarto violentamente e eu pulei no lugar, quebrando o grafite da lapiseira ao batê-lo no papel com o susto.

Virei devagar, com os olhos bem abertos e uma das mãos no peito. Yoongi segurava a cintura de seu noivo, que tinha uma garrafa de vinho em mãos e sorria grande. Algo me dizia que eles já tinham bebido um pouco antes de vir.

Sem camisa e usando apenas uma calça moletom cinza, forcei um sorriso. Eu até tinha me esquecido daquela visita, mas precisaria sair do quarto e fingir que não estava enlouquecendo. Logo, me levantei e caminhei na direção dos dois, abraçando um de cada vez como se não estivéssemos na Coreia. Minhas costas doíam e eram meus amigos, então não ficaria me curvando feito um pateta.

- Tudo bem, hyung? - Perguntei a Taehyung, recebendo um beijo na bochecha.

- Tudo sim. Você vem beber com a gente? E veste uma roupa, o Hobi deixou o ar-condicionado nível Alasca.

Eu franzi o cenho e encarei Yoongi, tentando entender de onde toda aquela intimidade com Hoseok havia surgido, mas aí me lembrei da história do dia anterior que meu melhor amigo e seu suposto namorado haviam me contado. Claro, né? Aqueles dois já tinham visto meu amigo até do avesso, um apelido carinhoso não devia ser nada demais.

Eu apenas concordei com a cabeça, retraído, e esperei que saíssem. Os dois se afastaram do quarto e eu só então reparei nas vozes altas que podiam ser ouvidas da minha porta. Rapidamente, vesti o famoso moletom amarelo, que havia sido lavado no dia anterior e tinha cheiro de amaciante e cigarro. Me sentia inexplicavelmente seguro com ele.

Infelizmente, essa sensação boa de segurança evaporou quando eu cheguei na sala de estar. Imaginei que apenas meus amigos estariam lá, então estava confortável, com o moletom, a calça cinza e um par de meias cor-de-rosa, com bordados de flores coloridas. Mas, como o universo me odeia e quer que eu me foda, a primeira pessoa em que pus os olhos ao chegar na sala foi aquele filho da puta tatuado. Jimin estava sentado no tapete felpudo, com uma jaqueta preta escondendo os braços desenhados e uma calça da mesma cor. Os cabelos escuros estavam soltos, jogados para trás, e eu inevitavelmente me lembrei de quando agarrei aqueles fios e montei naquele homem como se fosse o melhor hipista do mundo. E precisava ser mesmo, para subir naquele cara que mais parecia um cavalo.

Olhando ao redor, reconheci mais alguns rostos. Alguns que eu não via há anos, mas pareciam exatamente os mesmos; outros, que vi recentemente, mas ainda me sentia nervoso em encontrar por aí.

- Oi, Jungkook-ssi! - Kim Seokjin, primo do Hobi-hyung, foi o primeiro a falar comigo. Assim que me citou, todos os pares de olhos presentes naquela sala se viraram na minha direção.

Marlboro Nights | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora